Lista sucessória dos patriarcas grego ortodoxos de Constantinopla até 1453
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Depois do Grande Cisma, a Igreja Ortodoxa se separou da Igreja Católica, uma divisão que permanece até os dias de hoje. Liderada pelo patriarca grego ortodoxo de Constantinopla, dito "ecumênico", a ortodoxia grega também abrangia os patriarcas históricos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que já estavam sob domínio muçulmano desde a expansão islâmica no século VII.
Constantinopla, contudo, conseguiu permanecer como a capital do Império Bizantino até 1453, quando foi finalmente conquistada pelo sultão otomano Maomé II, o Conquistador. Neste período, a ocorrência mais marcante foi um período de exílio durante a breve existência do Império Latino a partir de 1204 e a criação da função rival de patriarca latino de Constantinopla, que só foi extinta oficialmente em 1964, mais de 700 anos depois da reconquista da capital em 1261. Depois da Restauração Comnena, o Império Bizantino mergulhou num declínio e a situação política se refletiu no patriarcado, com diversos patriarcas sendo depostos e reinstalados conforme os poderes se alternavam em sucessivas guerras civis.
No aspecto religioso, duas grandes controvérsias marcaram o período. A controvérsia hesicasta foi o resultado de um complexo conjunto de fatores, entre eles a crescente influência do pensamento aristotélico ocidental sobre as doutrinas ortodoxas, as tradições piedosas dos monges em conflito com os eruditos do clero e os conflitos da guerra civil bizantina de 1341-1347. A questão da reunião das igrejas permeou todo o período e se acirrou tanto na época do Segundo Concílio de Lyon (1274), que formalizou uma "União das Igrejas", completamente ignorada no oriente, e durante o Concílio de Florença (1431), quando os desesperados bizantinos, cercados pelos otomanos, aceitaram a "União de Florença", provocando sérios distúrbios em Constantinopla, que se dividiu entre "unionistas" e "anti-unionistas".