Lista de monumentos públicos em Salvador
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Esta é a lista de monumentos públicos em Salvador, município capital do estado brasileiro da Bahia. Os monumentos são referências de memória da história de Salvador ao ajudar a preservá-la e contá-la, sejam as lutas travadas na cidade, sejam personalidades associadas de alguma forma a ela.[1] Sendo arte pública, estão espalhados por ruas, praças, jardins e interiores de edificações governamentais e privadas de Salvador.[1] Pelo contraste entre tal importância e ações de roubos e vandalismos contra os monumentos, projetos da sociedade buscam a valorização e a educação patrimonial a partir da percepção dos entornos do monumentos como "museus e galerias a céu aberto".[2][3]
No contexto do governo municipal soteropolitano, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) é responsável pelo restauro, já o trabalho de manutenção é de responsabilidade da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (LIMPURB) e da Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (SUCOP).[1][4][3] Ao longo da década de 2010, a FGM restaurou dezenas de monumentos e, a partir de 2017, começou a instalar códigos QR, que são legíveis por telefone celular e conduzem a um sítio eletrônico com informações sobre o monumento.[4][3] Na esfera da salvaguarda e proteção, alguns desses monumentos foram classificados patrimônios culturais materiais, como o Oratório da Cruz do Pascoal (tombado nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).[1] A Cruz da Redenção, no bairro de Brotas, a título de ilustração, tinha sua solicitação de tombamento em análise em 2013.[1] Por sinal, o município de Salvador passou a contar com normas de proteção e preservação patrimonial em 2014, com a Lei n. 8 550 de 2014.[5][6]
Segundo reportagem do jornal A Tarde, o primeiro monumento de Salvador foi o Obelisco Dom João VI, de 1815, em referência à transferência da corte portuguesa para o Brasil, que desembarcou inicialmente na cidade em 1808.[1] Apesar disso, informações dão conta de que o Cruzeiro de São Francisco em frente à igreja homônima foi erguido entre 1805 e 1808,[7] e datam do século XVIII o Oratório da Cruz do Pascoal (precisamente de 1743)[8] e o chafariz da Quinta dos Padres.[9] Independentemente, a imensa maioria dos monumentos soteropolitanos são posteriores à Independência do Brasil, especialmente após meados do século XIX.[10] São dessa segunda metade do século XIX, por exemplo: o Monumento ao Dois de Julho erigido no Largo do Campo Grande em referência à Independência da Bahia; o monumento aos heróis da Batalha Naval do Riachuelo (no contexto da Guerra da Tríplice Aliança) encimado por um anjo da vitória sob patrocínio da Associação Comercial da Bahia e situado ao fundo de seu palácio-sede; e os chafarizes construídos por ocasião da implantação do sistema de abastecimento de água encanada pela Companhia do Queimado (a primeira concessionária de captação, tratamento e distribuição de água do Brasil).[10][11] Por outro lado, alguns monumentos desapareceram, tal qual a Estátua da Liberdade — uma escultura neoclássica inaugurada em 2 de julho de 1920 sobre um pedestal situado no Largo da Soledade (ou Praça da Liberdade) em comemoração à independência da Bahia e cujo destino é desconhecido após sua substituição, em 1953, pela estátua de Maria Quitéria, heroína na campanha de libertação nacional.[12]
O baiano Mário Cravo e o italiano radicado na Bahia Pasquale de Chirico destacam-se na autoria dos monumentos.[13] A título de exemplo: a Monumento à Cidade do Salvador e a Cruz Caída são fruto da criatividade do primeiro,[13] enquanto a estátua do poeta Castro Alves na praça homônima e o Relógio de São Pedro são obra do segundo.[14]