L'État, c'est moi
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L'État, c'est moi ("Eu sou o estado", lit. "o estado, esse sou eu") é um ditado apócrifo atribuído a Luís XIV, Rei da França e Navarra. Alegadamente foi dito em 13 de abril de 1655 perante o Parlamento de Paris.[1] Supõe-se que recorde a primazia da autoridade real num contexto de desafio ao Parlamento, que contesta os decretos reais proferidos em lit de Justice em 20 de março de 1655.[2] A frase simboliza a monarquia absoluta e o absolutismo.
No entanto, os historiadores contestam que esta frase, que não consta dos registros do parlamento, tenha sido realmente dita por Luís XIV,[1][3] especialmente porque no seu leito de morte, Luís XIV pronunciou uma frase, atestada, aparentemente contraditória: "Eu morro, mas o estado sempre permanecerá."[4]
A origem da frase é atribuída a Pierre-Édouard Lémontey em seu "Essai sur l'établissement monarchique de Louis XIV et sur les altérations qu'il éprouva pendant la vie de ce prince" (1818), que escreve: “O Alcorão da França estava contido em quatro sílabas e Luís XIV as pronunciou um dia: “L'État, c'est moi!”. Como apontam Olivier Chaline e Edmond Dziembowski, “se o falsificador está hoje bem esquecido, a sua invenção não acabou de ser utilizada...".[5]