Telescópio Espacial Kepler
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O Telescópio Espacial Kepler consistiu em um observatório espacial projetado pela NASA que procurou por planetas com características habitáveis fora do Sistema Solar por nove anos e meio. Para esta finalidade, a sonda observou as 100 000 estrelas mais brilhantes do céu, a fim de detectar alguma ocultação periódica de uma estrela por um de seus planetas. Ao todo, Kepler foi responsável pela descoberta de 2 720 exoplanetas. Em 30 de outubro de 2018, a NASA anunciou a aposentadoria da sonda devido ao esgotamento do seu sistema de controle de reação, e a missão foi considerada encerrada.[1]
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Telescópio Espacial Kepler | |
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Concepção artística da sonda. | |
Descrição | |
Tipo | Sonda espacial |
Missão | Observatório espacial |
Operador(es) | NASA LASP |
Identificação NSSDC | 2009-011A |
Identificação SATCAT | 34380 |
Website | Kepler - NASA |
Duração da missão | 15 anos, 1 mês e 12 dias |
Propriedades | |
Fabricante | Ball Aerospace |
Massa de lançamento | 1 052,4 kg |
Massa | 1 040,7 kg |
Altura | 4,7 m |
Diâmetro | 2,7 m |
Potência elétrica | 1 100 W |
Geração de energia | Painéis solares fotovoltaicos |
Tipo de telescópio | Schmidt |
Diâmetro do espelho | 0,91 m |
Comprimento de onda | 430-890 nm |
Massa de carga útil | 478 kg |
Missão | |
Contratante(s) | United Launch Alliance |
Data de lançamento | 07 de março de 2009, 03h49min57 UTC |
Veículo de lançamento | Delta II (7925-10L) |
Local de lançamento | Cabo Canaveral, SLC-17B |
Fim da missão | 30 de outubro de 2018 |
Especificações orbitais | |
Referência orbital | Heliocêntrica |
Semi-eixo maior | 1,0133 UA |
Excentricidade orbital | 0,036116 |
Periastro | 0,97671 UA |
Apoastro | 1,0499 UA |
Inclinação orbital | 311,67º |
Período orbital | 372,57 dias |
Argumento de periastro | 294,04º |
Anomalia média | 0,96635º/dia |
Época | 1 de janeiro de 2018 |
Transponders | |
Banda Ka | Download: 4,3 Mbit/s |
Banda X | Upload: 7,8 bit/s – 2 bit/s Download: 10 bit/s – 16 kbit/s |
Insígnia da missão | |
Portal Astronomia |
Kepler não permaneceu em órbita da Terra, mas sim em uma órbita de perseguição à órbita solar da Terra, a fim de que a Terra não oculte estrelas que estejam sendo observadas pelo observatório, além de este ficar distante das luzes da Terra. O observatório foi lançado em 6 de março de 2009.
A sonda tem uma massa estimada de 995 kg, e seu principal instrumento é um fotômetro de 0,95 metro de diâmetro. Ele tem um campo de visão aproximado de dois punhos fechados, na distância de um braço esticado. Deverá bater uma foto a cada três segundos e deverá custar em torno de 467 milhões de dólares.
A sonda Kepler não opera mais em sua função primária, devido a um defeito no sistema giroscópico. Os primeiros resultados principais foram anunciados em 4 de janeiro de 2010, estudos realizados na Terra sobre os dados das primeiras seis semanas, revelam cinco planetas antes desconhecidos, todos bem próximos de suas estrelas, um do tamanho próximo ao de Netuno e quatro do tamanho de Júpiter. Um deles, Kepler-7b é o planeta menos denso descoberto até agora.
Tendo tido defeitos no seu sistema giroscópico desde maio de 2013 sem solução, em 15 de agosto de 2013 a NASA anunciou que desistiu de tentar consertar as duas rodas de equilibro que falharam, onde mantinham a "mira' e alinhamento de observação do telescópio. Isto significa que a missão atual precisa ser modificada, mas não significa necessariamente o fim do caçador de planetas. A NASA pediu à comunidade para propor planos de missões alternativas potencialmente incluindo pesquisas que permitam buscas de exoplanetas, usando as últimas duas rodas ainda boas de reação e propulsão. Em 18 de novembro de 2013, foi criada a K2 (também chamada "Second Light"), uma proposta de plano que pode incluir a utilização do Kepler mesmo com deficiência, de alguma forma que ainda poderia detectar planetas habitáveis em torno de uma menor dimensão, de estrelas anãs vermelhas, onde foi relatado posteriormente e apresentado com mais detalhes a respeito. Especula-se que sistemas mecânicos, quando em longo período no espaço, tal qual as rodas desse giroscópio, tendem a falhar em temperaturas extremamente baixas e daí a tais falhas irrecuperáveis do telescópio. Em 30 de outubro de 2018,[2] a Nasa anunciou em uma coletiva de imprensa que o telescópio espacial Kepler não pode mais procurar planetas orbitando outras estrelas, terminando a missão de 9 anos e meio.[3]