Isabel, Princesa Imperial do Brasil
Princesa Imperial do Brasil (1850–1891) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Isabel do Brasil (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 – Eu, 14 de novembro de 1921), cognominada "a Redentora", foi a Princesa Imperial e herdeira presuntiva ao trono do Império do Brasil, que serviu como regente do Império em três ocasiões diferentes — numa delas, assinou a Lei Áurea, que declarou extinta a escravidão no Brasil. Era a filha mais velha do imperador D. Pedro II e da imperatriz D. Teresa Cristina, que após a morte de seus dois irmãos homens na infância, foi reconhecida como herdeira presuntiva de seu pai. O fato de ser mulher, seu forte catolicismo e casamento com um príncipe estrangeiro foram vistos como impedimentos contra ela, juntamente com a emancipação dos escravos, que gerou descontentamento entre ricos fazendeiros.
A princesa serviu três vezes como regente do império enquanto seu pai viajava pelo exterior. Isabel promoveu a abolição da escravidão durante sua terceira e última regência e acabou assinando a Lei Áurea em 1888. Apesar da ação ter se mostrado amplamente popular, houve forte oposição contra sua sucessão ao trono. A própria personalidade de Isabel a distanciou da política e de quaisquer confrontos com seu pai, ficando satisfeita com uma vida calma e doméstica. Casou-se em 1864 com o príncipe francês Gastão de Orléans, Conde d'Eu, com quem teve quatro filhos: Luiza Vitória, Pedro de Alcântara, Luiz e Antonio.
A monarquia brasileira foi abolida em 1889 e ela e sua família foram exilados por um golpe militar. Após a morte de seu pai em 1891 (dois anos após a proclamação da República) Isabel foi reconhecida pelos monarquistas brasileiros como a pretendente ao extinto trono do Brasil até sua morte em 1921 (período correspondente aproximadamente às três primeiras décadas da República Velha, do Governo Floriano Peixoto ao Governo Epitácio Pessoa). Isabel passou seus últimos trinta anos de vida vivendo calmamente na França.