Idiomas do Festival Eurovisão da Canção
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Entre 1956 e 1965, não existia nenhuma regra em relação à utilização da língua no Festival Eurovisão da Canção havendo, aliás, três exemplos nesta época de canção interpretadas, parcialmente, em idiomas não-nacionais: "Telefon, Telefon" foi interpretado integralmente em alemão, mas com palavras em inglês, francês, italiano e castelhano;[1] "Einmal sehen wir uns wieder" foi interpretado em alemão e com uma estrofe em francês;[2] e "Vielleicht geschieht ein Wunder" interpretado em alemão, com dois versos em inglês.[3] No entanto, logo em 1956, vemos, pelo menos, duas canções na final nacional holandesa que são interpretadas, parcialmente, em línguas não-nacionais: "Mei in Parijs", interpretado por Jetty Paerl maioritariamente em francês;[4] e "Gina mia", interpretado por Bert Visser com o refrão em italiano.[5]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Setembro de 2020) |
A regra foi adotada em 1966, quando a Suécia foi representada por uma canção totalmente em inglês (a primeira vez que um país não foi representado por uma canção cantada numa língua oficial), no ano anterior,[6] tendo vindo a cair em 1973.
Com a vitória dos ABBA com "Waterloo", totalmente em inglês, a regra voltou a ser imposta em 1977, mas com a abertura de uma exceção para a Alemanha e Bélgica, porque já tinham escolhido as canções antes de a regra entrar em vigor.[7]
Em 1999, a regra voltou a ser revogada, estando em vigor até hoje, não sem polémicas anteriores. Em 1994, a Polónia causou escândalo quando Edyta Górniak quebrou as regras ao cantar a sua música em inglês durante o ensaio geral[8] (que é mostrado aos júris que escolheram o vencedor). Apenas seis países exigiram a desclassificação do país, aquém dos 13 necessários. que a Polônia fosse desqualificada, e com as regras exigindo que pelo menos 13 países reclamassem, a remoção proposta não ocorreu.[9]
Atualmente, a maior parte dos países opta pela língua inglesa com meta de conquistar maiores audiências e votos por parte de todos os europeus, assim como canção em línguas imaginárias ("Sanomi", "Amambanda" e "O Julissi") e em várias línguas. Mesmo assim, ainda existem países que continuam a usar as suas línguas locais e normalmente cantam na sua própria língua (Portugal, Espanha, França, Itália, entre outros).
Até hoje, apenas dois países nunca cantaram nas suas línguas oficiais: o Azerbaijão, que nunca cantou em Azeri e o Mónaco, que nunca cantou em Monegasco. A língua mirandesa, segunda língua oficial de Portugal, também nunca foi cantada no palco eurovisivo.