Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia
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Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia é um livro multiautoral sobre os orixás do candomblé, impresso pela Editora Raízes Artes Gráficas, em São Paulo (1980), sob a coordenação da Universidade Federal da Bahia, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, e com apoio do então Ministério da Educação e Cultura através do Instituto Nacional do Livro.[1]
Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia | |
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Autor(es) | Vários |
Idioma | Português |
País | Brasil |
Editora | Raízes Artes Gráficas |
Lançamento | 1980 |
Com projeto gráfico do artista baiano Emanoel Araújo, introdução do escritor Jorge Amado e textos antropológicos do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger e do historiador Waldeloir Rego, o documentário contém 128 aquarelas do pintor, desenhista e muralista Carybé, tendo sido realizado entre 1940 e 1980. Uma recriação da participação do elemento negro na cultura baiana, que preserva a memória histórica da Bahia.
Segundo Carybé, esse trabalho foi estimulado quando o escritor Rubem Braga o apresentou ao professor Anísio Teixeira, que o apresentou ao então governador da Bahia, Otávio Mangabeira, com o intuito de contratá-lo para "desenhar a Bahia".
Nos textos de Waldeloir Rego e Pierre Verger, distribuídos nos tópicos seguintes, o documentário organiza incomparável contribuição para o Candomblé da Bahia, sua história e significação exata dos valores culturais trazidos da África pelos escravos, aspectos dos mais representativos da memória do povo baiano e do povo brasileiro:
- "Mitos e Ritos Africanos da Bahia" (por Waldeloir Rego):
- "A vinda dos escravos"; "O espaço sagrado"; "As divindades"; "Os ritos";
- "Orixás da Bahia" (por Pierre Verger):
- "Tráfico de escravos"; "Sincretismo"; "Primeiro Terreiro de Candomblé"; "Relações Bahia-África"; "Culto dos Orixás"; "Iniciação"; "Terreiro de Candomblé".
As 128 aquarelas revelam e evidenciam o relacionamento pessoal de Carybé com o candomblé baiano. Segundo Jorge Amado, no prefácio desse documentário, Carybé não se limitou à pesquisa puramente, mas demonstrou o valor e a importância da sua arte, "à serviço, vale a pena acentuar, da preservação dos valores culturais trazidos da África pelos negros para aqui se misturarem com as outras matrizes de nossa cultura original (...)".