História operacional da Luftwaffe na Segunda Guerra Mundial
história da aplicação do poder aéreo alemão durante a segunda guerra mundial / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A história operacional da Luftwaffe na Segunda Guerra Mundial é a história da aplicação do poder aéreo da Alemanha Nazi contra as forças armadas dos países com os quais esteve em conflito. A Luftwaffe era o ramo aéreo da Alemanha Nazi desde 1933 no papel e desde 1935 na prática. Antes de ser usada como um componente chave na Segunda Guerra Mundial, esta força aérea participou na Guerra Civil Espanhola, onde adquiriu experiência.
No dia 1 de Setembro de 1939, a Luftwaffe - juntamente com os outros ramos da Wehrmacht - atacou a Polónia e, três dias depois, o Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha. Além de estabelecer superioridade aérea e apoiar as tropas terrestres na invasão da Polónia, a Luftwaffe ainda tinha que se preocupar com a defesa do espaço aéreo alemão. Em 1940, os alemães lançaram-se pela Dinamarca e Noruega e, posteriormente, invadiram os Países Baixos e a França, tendo o poder aéreo alemão, em todos estes ataques, desempenhado um papel essencial para o sucesso das operações germânicas. A Luftwaffe havia sido desenvolvida como uma força aérea táctica e não estratégica, motivo pelo qual quando se deu a Batalha da Grã-Bretanha ela não ter conseguido ir ao encontro dos objectivos alemães. A Real Força Aérea (RAF) repeliu com sucesso a Luftwaffe.
Uma vez falhado o estabelecimento do poder aéreo alemão sobre as ilhas britânicas, a Luftwaffe foi empregue em outros teatros de guerra - nos Balcãs, no Mediterrâneo e no Norte de África - onde continuou a prestar apoio às operações terrestres e chegou mesmo a ser responsável pela conquista de diversos pontos, como na batalha da ilha de Creta. Em Junho de 1941, a Alemanha deu início à Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética. Rapidamente, a Luftwaffe abriu caminho para as tropas terrestres, bombardeando posições inimigas e estabelecendo supremacia aérea, destruindo milhares de aeronaves soviéticas no solo e no ar. Apesar do sucesso alemão, a estratégia - gestão de recursos e prioridades de produção referentes à Luftwaffe - não foi feliz, o que levou a que o ramo aéreo alemão não visse suas aeronaves nem as suas tripulações serem repostas como seria de se esperar. Isto levou a que, apesar do sucesso e dos avanços alemães, a Luftwaffe começou a entrar em colapso quando se viu dependente de linhas de suprimento cada vez mais longas. Com a União Soviética a aumentar a produção de aeronaves e tripulações, e com a entrada dos Estados Unidos na guerra, a Luftwaffe começou a perder superioridade aérea.
Com os aliados a aplicarem uma economia de guerra, algo que a Alemanha empreendeu demasiado tarde, a Luftwaffe foi perdendo superioridade aérea na Frente Oriental e no Norte de África. Apesar de a Muralha do Atlântico continuar em pé, os aliados deram início a uma série de bombardeamentos estratégicos que levaram a Luftwaffe a ter que retirar aeronaves e tripulações das frentes de combate para defender o país. Em 1944, os aliados invadiram o norte de França através do desembarque nas praias da Normandia e, com os aliados já assentes na península itálica e com os soviéticos a avançarem em direcção à Alemanha, a Luftwaffe começou a sofrer cada vez mais baixas humanas e materiais. Apesar do uso de armas tecnologicamente avançadas, como o caça foguete Messerschmitt Me 163 e o primeiro caça a jacto operacional da história, o Messerschmitt Me 262, o emprego destas e de outras tecnologias foi negligenciado ou feito demasiado tarde. Assim, com o intenso bombardeamento das indústrias alemãs, o colapso da economia e o crescente número de baixas, nas últimas semanas de guerra a actuação da Luftwaffe foi quase nula até o cessar das hostilidades.