História genética dos povos indígenas da América
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A história genética dos povos indígenas das Américas (também conhecidos como ameríndios) é dividida em duas épocas distintas: o povoamento inicial das Américas, ocorrido entre cerca de 20 a 14 mil anos atrás, e o contato europeu, depois de cerca de 500 anos atrás.[1][2] O primeiro é o fator determinante para o número de linhagens genéticas, mutações de zigosidade e haplótipos fundadores presentes nas populações indígenas ameríndias de hoje.[3]
Ao longo do início dos anos 2000, a Arqueogenética foi baseada sobretudo em haplogrupos do cromossomo Y humano e haplogrupos do DNA mitocondrial humano.[4] Marcadores autossômicos de DNA também são usados, mas diferem do DNA mitocondrial ou do cromossomo Y por se sobreporem significativamente.[5]
Análises do material genético de populações ameríndias e siberianas têm sido utilizadas para argumentar a favor do isolamento precoce das populações fundadoras na Beríngia[6] e para uma migração posterior mais rápida da Sibéria através da Beríngia para o Novo Mundo.[7] A diversidade e distribuição de microssatélites da linhagem Y específica para a América do Sul indica que certas populações ameríndias foram isoladas desde o povoamento inicial da região.[8] As populações na-Dené, inuítes e indígenas do Alasca exibem o Haplogrupo Q-M242 do cromossomo Y; no entanto, são distintos de outros ameríndios com várias mutações de mtDNA e atDNA.[9][10][11] Com isso, sugere-se que os primeiros povos que se estabeleceram nos extremos norte da América do Norte e Groenlândia derivaram de populações siberianas que chegaram ali após aqueles que penetraram mais ao sul nas Américas.[12][13] Estudos de Linguística e Biologia chegaram a uma conclusão semelhante, baseados na análise das línguas ameríndias e distribuições do sistema de grupos sanguíneos ABO.[14][15][16][17]