História genética da Itália
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A história genética da Itália é fortemente infleunciada pela história e geografia.
Os ancestrais dos italianos são pré-indo-europeus (etruscos, réticos, etc.) e indo-europeus (principalmente povos itálicos, mas também gregos e celtas). É um consenso que as migrações dos povos germânicos para a Península Itálica nos séculos V e VI não alteraram significativamente o pool genético local, devido ao número relativamente pequeno de germânicos ou outros migrantes, em comparação com a grande população do que constituiu a Itália romana.[2] A antropologia molecular não encontrou evidências de fluxo genético significativo da Europa do Norte na Península Itálica nos últimos 1.500 anos. Estudos de DNA mostram que apenas a colonização grega do sul da Itália (Magna Grécia) teve um efeito duradouro na paisagem genética local, e também encontraram evidências de profunda subestrutura genética regional na Itália, datada dos períodos romano e pré-romano.[3][4]
A diversidade genética humana da Itália também é maior do que a observada em todo o continente europeu em distâncias curtas (0–200 km) e intermediárias (700–800 km) e é responsável pela maior parte dos valores mais altos de distâncias genéticas observadas em todas as regiões geográficas.[5]
Múltiplos estudos de DNA confirmaram que a variação genética na Itália é clinal, indo do Mediterrâneo oriental ao ocidental, com os sardos como extremos na Itália e na Europa,[6] refletindo a ancestralidade Nurágica pré-indo-europeia e não itálica, e que todos os italianos são compostos dos mesmos componentes ancestrais, mas em proporções diferentes, relacionados aos assentamentos durante o Mesolítico, o Neolítico e a Idade do Bronze.[7][8][9]
Em suas proporções de mistura, os italianos são semelhantes a outros europeus mediterrâneos, ou seja, com sua ascendência principal nos agricultores anatólios, com os nativos do sul da Itália sendo mais próximos aos gregos, conforme testemunha a região histórica da Magna Grécia, e os nativos do norte da Itália, mais próximos aos espanhóis e occitanos.[10][8][11][12][13] a lacuna genética entre os italianos do norte e do sul é preenchida por um aglomerado intermediário da Itália central, criando um conjunto contínuo de variações que espelha a geografia.[14] A distância genética entre os italianos do norte e do sul, embora bastante grande para uma única nacionalidade europeia, é aproximadamente a mesma que entre os alemães do norte e do sul.[15] As únicas exceções são algumas populações do nordeste da Itália, principalmente da região de Friuli-Veneza Júlia, que se agrupam com osgermânicos e eslavos da Áustria e Eslovênia, possuindo populações significantes de falantes de alemão e de línguas eslavas que não são etnicamente italianos ou são miscigenados e, finalmente, os sardos, que formam um grupo isolado distinto.[16]