História de Cuba
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A ilha de Cuba era habitada por várias culturas ameríndias antes da chegada do explorador Cristóvão Colombo em 1492.[1] Após a sua chegada, a Espanha conquistou Cuba e nomeou governadores espanhóis para governar em Havana. Os administradores em Cuba estavam sujeitos ao vice-rei da Nova Espanha e às autoridades locais de Hispaniola. Em 1762-63, Havana foi brevemente ocupada pela Grã-Bretanha, antes de ser devolvida à Espanha em troca da Flórida. Uma série de rebeliões entre 1868 e 1898, lideradas pelo General Máximo Gómez, não conseguiu acabar com o domínio espanhol e ceifou a vida de 49 mil guerrilheiros cubanos e 126 mil soldados espanhóis.[2] A Guerra Hispano-Americana resultou na retirada espanhola da ilha em 1898 e, após três anos e meio de regime militar subsequente dos Estados Unidos, Cuba conquistou a independência formal em 1902.[3][4]
Nos anos que se seguiram à sua independência, a república cubana assistiu a um desenvolvimento económico significativo, mas também à corrupção política e a uma sucessão de líderes despóticos, culminando com a derrubada do ditador Fulgêncio Batista pelo Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, durante a Revolução Cubana de 1953–1959.[5] O novo governo alinhou-se com a União Soviética e abraçou o comunismo. Cuba foi oficialmente ateia de 1962 a 1992.[6] No início da década de 1960, o regime castrista resistiu à invasão, enfrentou a ameaça do Armagedom nuclear, e viveu uma guerra civil que incluiu o apoio dominicano aos opositores do regime.[7] Após a invasão da Tchecoslováquia pelo Pacto de Varsóvia (1968), Fidel Castro declarou publicamente o apoio de Cuba. O seu discurso marcou o início da completa absorção de Cuba no Bloco de Leste.[8] Durante a Guerra Fria, Cuba também apoiou a política soviética no Afeganistão, Polónia, Angola, Etiópia, Nicarágua e El Salvador. A economia cubana foi apoiada principalmente por subsídios soviéticos.
Com a dissolução da URSS em 1991, Cuba mergulhou numa grave crise económica conhecida como Período Especial, que terminou em 2000, quando a Venezuela começou a fornecer petróleo subsidiado a Cuba.[9][10] O país tem estado política e economicamente isolado pelos Estados Unidos desde a Revolução, mas gradualmente ganhou acesso ao comércio estrangeiro e às viagens internacionais à medida que os esforços para normalizar as relações diplomáticas progrediram.[11][12] As reformas económicas internas também estão a começar a resolver os problemas económicos existentes que surgiram no rescaldo do período especial (ou seja, a introdução do sistema de moeda dupla).[13]