Arúspice
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Na religião de Roma antiga, um arúspice ou harúspice (em latim: haruspex, pl. haruspices) era uma pessoa treinada para praticar uma forma de adivinhação chamada haruspício (haruspicina) ou aruspício,[1] a inspeção das entranhas (exta — daí também extispício (extispicium)) de animais sacrificados, especialmente fígados de ovelhas e aves domésticas. A leitura de presságios especificamente do fígado também é conhecida pelo termo grego hepatoscopia (também hepatomancia), e sua prática era realizada na Antiga Mesopotâmia.
O conceito romano deriva diretamente da religião etrusca, como um dos três ramos da disciplina etrusca. Esses métodos continuaram a ser usados até a Idade Média, especialmente entre apóstatas cristãos e pagãos, com Thomas Becket aparentemente consultando um harúspice e um quiromante antes de uma expedição real contra a Bretanha.[2]
Os termos latinos haruspex e haruspicina provêm de uma palavra arcaica, haru apontando a cognatos para "entranhas, intestinos"[3] (hernia = "vísceras protusas" e hira = "intestino vazio"; PIE *ǵʰer-[4]) e a partir da raiz spec- = "observar". O grego ἡπατοσκοπία hēpatoskōpia vem de hēpar = "fígado" e skop- = "examinar".