A Guerra Geral da Índia[2] (28 de Dezembro de 1570 – 16 de Fevereiro de 1575) foi um conflito militar em que uma grande coligação asiática formada principalmente pelo Sultanato de Bijapur, o Sultanato de Ahmadnagar, o Reino de Calecute e o Sultanato de Achém, designada pelo historiador português António Pinto Pereira como a "liga de reis da Índia",[3] "os reis confederados", ou tão-só "a liga", tentou pôr termo à presença portuguesa no Oceano Índico através de um ataque combinado a algumas das principais possessões do Estado Português da Índia: Malaca, Chaul, a fortaleza de Chale, e Goa, capital do império marítimo no Oriente.
Factos rápidos Beligerantes, Comandantes ...
Guerra Geral da Índia |
Naus e galés portuguesas |
Data |
28 de Dezembro 1570 – 16 de Fevereiro 1575 |
Local |
Índia, Malásia |
Desfecho |
Vitória do Império Português |
Beligerantes |
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Comandantes |
Dom Luís de Ataíde
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- Ali Adil Xá de Bijapur
- Murtaza Nizamo Xá I de Ahmadnagar
- Alauddin al-Kahar de Achém
- Ali Ri'ayat Syah I de Achém
- Mana Vikrama de Calecute
- Catiproca Marcá
- Queahidamão
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Forças |
Cerca de 5,000 soldados
- 1500 lascarins cristãos
- 1000 escravos de peleja
- 500 milicianos
Mais de 20 galeões e naus
20 galés
100 navios mais pequenos
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Sultanato de Bijapur:
- 33,000 infanções
- 35,000 cavaleiros
- 2000 elefantes
- 350 canhões
Sultanato de Ahmadnagar:
- mais de 100,000 homens
- 34,000 cavaleiros
- 370 elefantes
- 38 canhões
Sultanato de Achém:
- 7000 homens
- 25 galés
- 34 galeotas
- 30 pequenos navios de remos
Sultanato de Japará
- 15,000 homens
- 70 juncos
- 200 pequenos navios a remos
Reino de Garsopa
- 5000 infanções
- 400 cavaleiros
Reino de Olala
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Baixas |
Desconhecidas |
Mais de 25,000 mortos |
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Fechar
Naquele que foi um dos momentos mais críticos da presença portuguesa na Ásia, os portugueses resistiram a todos os ataques da "liga", excepção feita a um pequeno forte nos arredores de Calecute que caiu nas mãos do samorim. Foi a primeira vez que os portugueses renderam uma fortaleza na Índia.
Embora o conceito seja anacrónico, tratou-se de uma guerra total, pois os portugueses viram-se obrigados a mobilizar todos os meios disponíveis para resistir ao ataque.