Glioblastoma multiforme
câncer cerebral / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O glioblastoma multiforme (GBM), também conhecido como glioblastoma e astrocitoma grau IV, é o tipo mais comum e agressivo de tumor maligno cerebral que acomete os seres humanos.[1] Os sinais e sintomas iniciais são inespecíficos e podem incluir cefaleia, alterações de personalidade, náuseas e sintomas similares aos de um acidente vascular cerebral.[2] O agravamento dos sintomas é geralmente rápida, podendo evoluir para um quadro de inconsciência.[3]
Glioblastoma multiforme | |
---|---|
Glioblastoma observado em ressonância magnética | |
Especialidade | Neurooncologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C71 |
CID-9 | 191 |
CID-ICD-O | 9440/3 |
CID-11 | 581900902 |
OMIM | 137800 |
DiseasesDB | 29448 |
eMedicine | 1156220, 283252 |
MeSH | D005909 |
Leia o aviso médico |
A etiologia desses tumores é desconhecida, mas os fatores de risco incluem anomalias genéticas - como a neurofibromatose e a síndrome de Li-Fraumeni - e radioterapia prévia.[3][4] Os glioblastomas representam cerca de 15% dos tumores cerebrais e podem desenvolver-se a partir de células da glia normais ou de um astrocitoma de baixo grau já existente.[2][5] O diagnóstico é confirmado através de exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética e biopsia da lesão.[2]
Não existe forma conhecida de prevenção para essa tipo de tumor. O tratamento é baseado em ressecção cirúrgica do tumor ou de parte dele, quimioterapia e radioterapia.[4][6] A temozolomida é o agente mais utilizado na terapia adjuvante do glioblastoma multiforme.[4][6][7][8] Doses elevadas de esteroides podem ser empregadas para ajudar a reduzir o edema e aliviar os sintomas.[2] Não há comprovação de que a ressecção total do tumor seja mais benéfica do que a ressecção subtotal pois,[9] a despeito do tratamento, o gliobastoma multiforme é geralmente recidivante.[4] Estudos recentes tem demonstrado resultados promissores com o uso da imunoterapia no tratamento do tumor.[10]
O prognóstico para portadores desse tipo de tumor é reservado e o tempo de sobrevida médio após o diagnóstico é de 12 a 15 meses (somente 3 a 5% dos pacientes sobrevivem mais de cinco anos) e a doença é sempre fatal.[3][4] Sem tratamento, a sobrevida é de cerca de 3 meses.[11] Estima-se que entre 3.000 a 100.000 pessoas desenvolvam a doença anualmente.[4] A doença manifesta-se principalmente em pacientes com mais de 60 anos de idade e é mais frequente na população masculina.[3][4]