Full Moon (álbum de Brandy)
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Full Moon é o terceiro álbum de estúdio da cantora e produtora musical norte-americana Brandy Norwood. A sua produção teve início na metade de 2001, após o término de um hiato longo tomado pela artista depois da finalização dos eventos promocionais do seu segundo trabalho de estúdio, Never Say Never (1998). A vocalista, que passou por um período de hospitalização no final de 1999 como resultado de um colapso nervoso, revelou ter tido receio de dar arranque ao processo de produção de Full Moon por medo de não conseguir alcançar as expectativas do público, porém, com a ajuda de Rodney "Darkchild" Jerkins — produtor executivo e maior contribuinte na produção e arranjos de Never Say Never — e a equipe do mesmo, conseguiu conceber material suficiente para o disco. Gravado principalmente no estúdio The Hit Factory em Miami, Flórida, Full Moon foi divulgado internacionalmente em meados de 2002 através da editora discográfica Atlantic. O projecto viu Norwood a abandonar a sua imagem de rapariga adolescente em troca de uma mais sensual e adulta, com as letras das canções agora envolvendo metáforas sexuais.
Full Moon | |||||||
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Álbum de estúdio de Brandy | |||||||
Lançamento | 25 de Fevereiro de 2002 | ||||||
Gravação | Junho — Novembro de 2001 | ||||||
Género(s) | |||||||
Duração | 73:04 | ||||||
Editora(s) | Atlantic | ||||||
Produção |
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Cronologia de Brandy | |||||||
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Singles de Full Moon | |||||||
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Inspirada por cantoras como a norte-americana Whitney Houston e a irlandesa Enya, Norwood tomou a decisão de empurrar os limites da sua voz para novos horizontes e experimentar novos arranjos vocais. Em Full Moon, a sua voz tem um tom mais profundo e cálido com uma textura mais baixa, e o seu falsetto está notavelmente mais forte. Além disso, desejando distanciar-se um pouco de canções urbanas contemporâneas de pop e R&B, a artista quis também explorar novos géneros, tais como música electrónica e UK garage, o que a fez trabalhar com novos colaboradores, incluindo Fred "Uncle Freddie" Jerkins III, LaShawn "Big Shiz" Daniels, Warryn "Baby Dubb" Campbell, Mike City e Robert "Big Bert" Smith, com quem a artista eventualmente iniciou um envolvimento amoroso. Ademais, vocais do cantor norte-americano Michael Jackson e de Ray J, irmão de Norwood, podem ser ouvidos em algumas faixas.
Embora tenha rendido à vocalista uma nomeação para "Melhor Álbum de R&B Contemporâneo" na 45.ª cerimónia anual dos prémios Grammy, a resposta inicial pelos críticos de música contemporânea obtida por Full Moon foi mista. A produção futurística electrónica comandada por Darkchild associada aos vocais ousados da intérprete, bem como as técnicas inéditas de ambos, foram todas aplaudidas por uns. Entretanto, outros revelaram dessatisfação para com o projecto como um todo, descrevendo-o como "formulaico" e ultimamente descartando-o pelo apelo comercial "deseperado" e conteúdo "desapontante". Não obstante, contrariamente às opiniões dos críticos de música, hoje o disco é aclamado por amantes de música urbana e artistas de R&B contemporâneo, tais como o músico Luke James, que descreveu o álbum como "o diagrama sobre como fazer vocais". Vários vocalistas apontam frequentemente o álbum como a inspiração por detrás do seu material musical. O trabalho de Norwood em Full Moon contribuiu para que ela eventualmente recebesse a alcunha de "Bíblia vocal".
Devido ao facto de Norwood se encontrar em um estágio avançado de gravidez no momento do lançamento de Full Moon, poucos esforços promocionais foram feitos. Não obstante, três singles foram distribuídos. "What About Us?", o primeiro, liderou a tabela de canções de R&B do Reino Unido, enquanto o segundo, a a faixa-título, teve o seu vídeo musical fortemente reproduzido em diversos canais de televisão norte-americanos. Nos Estados Unidos, Full Moon estreou na segunda posição da tabela de álbuns e tornou-se o segundo consecutivo da artista a liderar a tabela de álbuns de R&B. Ao alcançar a marca de um milhão de unidades comercializadas no país, recebeu o certificado de disco de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA). No continente europeu, conseguiu posicionar-se dentro das dez melhores posições das tabelas de álbuns da Alemanha, França e Suíça.