Ficheiro:Túmulo_do_Rei_Dom_Carlos_e_do_Príncipe_Dom_Luiz_-_Igreja_de_São_Vicente_de_Fora_-_Lisboa_-_Portugal_(26517234646).jpg
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Imagem numa resolução maior (3 888 × 2 564 píxeis, tamanho: 2,23 MB, tipo MIME: image/jpeg)
Esta imagem provém do Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos.
|
Descrição do ficheiro
DescriçãoTúmulo do Rei Dom Carlos e do Príncipe Dom Luiz - Igreja de São Vicente de Fora - Lisboa - Portugal (26517234646).jpg |
Considerada um dos mais impressionantes edifícios lisboetas, a Igreja de São Vicente de Fora ergue-se como uma imagem emblemática do mecenato arquitectónico de Filipe I, depois de ter subido ao trono português. Instituído por D. Afonso Henriques em 1147, decorrendo do voto feito pelo monarca caso conseguisse conquistar Lisboa, o mosteiro dedicado ao mártir, e entregue aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, simbolizou na sua essência a refundação cristã da cidade, tornando-se progressivamente uma das mais importantes casas conventuais lisboetas. Em 1527, D. João III encetou uma profunda reforma no interior da ordem dos Crúzios, que estabelecia uma reformulação das regras de vida monástica, estendendo-se à arquitectura dos complexos conventuais. No entanto, só no início do reinado de Filipe I foi iniciada a reforma do edifício da igreja e do mosteiro, numa acção em que o monarca "refazia o gesto fundacional de Afonso Henriques, sobretudo como gesto primeiro de um novo dinasta e de um novo mecenas", reforçada pela escolha do templo para panteão real (SOROMENHO, 1994, p. 208). A autoria da traça do novo mosteiro continua envolta em alguma polémica, embora nos últimos anos seja consensual que as grandes figuras de destaque da reforma vicentina sejam os arquitectos Juan de Herrera e Filipe Terzi. Se a Herrera, autor do Escorial, são atribuídos os planos do complexo mandados fazer por Filipe I, coincidindo a data dos esboços com os anos de permanência do arquitecto em Lisboa (1580-1583), de Terzi destaca-se o seu contributo nas "traças operativas", ou seja, o seu papel na condução do estaleiro de obras e a influência decisiva do seu trabalho na estrutura final (idem, ibidem, p. 210). Outra figura de destaque na obra de São Vicente de Fora é, sem dúvida, o arquitecto português Baltazar Álvares, que dirigiu as obras entre 1597 e 1624, e a quem se aponta a composição da fachada (idem, ibidem; SOROMENHO, 1995, p. 379-380). Adaptando a tradição do Maneirismo romano às tradições arquitectónicas portuguesas, o seu modelo constituiu-se como uma das géneses do estilo chão, marcando em definitivo a arquitectura maneirista, em Portugal e em todo o mundo português, durante o século XVII. De planta longitudinal, o templo vicentino possui nave única, com transepto, capela-mor bastante profunda e retrocoro. Nas paredes laterais da nave "destaca-se a sequência rítmica de pilastras emparelhadas" (idem, ibidem), entre as quais foram rasgadas, em 1608 pequenas capelas, comunicantes entre si. O espaço, cuja iluminação é feita através de janelas termais que se distribuem pelo topo da cabeceira e do transepto, é coberto por abóbada de berço de caixotões, estando estes decorados com diferentes relevos. O cruzeiro da igreja era originalmente rematado por uma cúpula, que ficou totalmente destruída durante o terramoto de 1755. A fachada apresenta uma composição muito original, de linhas sóbrias e depuradas mas repleta de monumentalidade, como convinha a uma igreja designada panteão-real, na qual se destaca a disposição das duas torres. Estas não são simplesmente justapostas como dois blocos adossados ao frontispício, mas antes plenamente integradas na estrutura, numa tipologia que recria, à luz da tratadística renascentista, a arquitectura medieval portuguesa, alcançando "um equilíbrio perfeito entre a tensão horizontal de um alçado de cinco tramos e a verticalidade sugerida pelos volumes torreados" (idem, ibidem). Catarina Oliveira DIDA/IGESPAR/28 de Novembro de 2007 <a href="http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71213/" rel="nofollow">www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel...</a> |
Data | |
Origem | Túmulo do Rei Dom Carlos e do Príncipe Dom Luiz - Igreja de São Vicente de Fora - Lisboa - Portugal |
Autor | Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL |
Localização da câmara | 38° 42′ 52,16″ N, 9° 07′ 40,36″ O | Esta e outras imagens nas suas localizações em: OpenStreetMap | 38.714489; -9.127879 |
---|
Licenciamento
- Pode:
- partilhar – copiar, distribuir e transmitir a obra
- recombinar – criar obras derivadas
- De acordo com as seguintes condições:
- atribuição – Tem de fazer a devida atribuição da autoria, fornecer uma hiperligação para a licença e indicar se foram feitas alterações. Pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de forma a sugerir que o licenciador o apoia ou subscreve o seu uso da obra.
- partilha nos termos da mesma licença – Se remisturar, transformar ou ampliar o conteúdo, tem de distribuir as suas contribuições com a mesma licença ou uma licença compatível com a original.
Esta imagem foi originalmente carregada no Flickr por Portuguese_eyes em https://flickr.com/photos/21446942@N00/26517234646. Ela foi revisada em 19 de março de 2019 pelo robô FlickreviewR 2, que confirmou o licenciamento da imagem sob os termos de cc-by-sa-2.0. |
19 de março de 2019
Elementos retratados neste ficheiro
retrata
Um valor sem um elemento no repositório Wikidata
20 abril 2016
38°42'52.160"N, 9°7'40.364"W
0.06666666666666666666 segundo
17 milímetro
image/jpeg
Histórico do ficheiro
Clique uma data e hora para ver o ficheiro tal como ele se encontrava nessa altura.
Data e hora | Miniatura | Dimensões | Utilizador | Comentário | |
---|---|---|---|---|---|
atual | 00h11min de 19 de março de 2019 | 3 888 × 2 564 (2,23 MB) | Tm | Transferred from Flickr via #flickr2commons |
Utilização local do ficheiro
A seguinte página usa este ficheiro:
Metadados
Este ficheiro contém informação adicional, provavelmente adicionada a partir da câmara digital ou scanner utilizada para criar ou digitalizar a imagem. Caso o ficheiro tenha sido modificado a partir do seu estado original, alguns detalhes poderão não refletir completamente as mudanças efetuadas.
Fabricante da câmara | Canon |
---|---|
Modelo da câmara | Canon EOS 40D |
Tempo de exposição | 1/15 seg (0,066666666666667) |
Número F | f/4 |
Data e hora de geração de dados | 00h20min de 20 de abril de 2016 |
Distância focal da lente | 17 mm |
Resolução horizontal | 240 ppp |
Resolução vertical | 240 ppp |
Posicionamento Y e C | Co-localizadas |
Par de valores de referência de preto e branco |
|
Taxa de velocidade ISO | 800 |
Versão Exif | 2 |
Significado de cada componente |
|
Modo de medição | MédiaPonderadaAoCentro |
Flash | Flash não disparou, disparo de flash suprimido |
Versão de Flashpix suportada | 1 |
Espaço de cores | sRGB |
Fonte do ficheiro | 0 |
Tipo de cena | 0 |