Extinção do Devoniano Superior
Um dos cinco grandes eventos de extinção na história da biota da Terra / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A extinção do Devoniano ou extinção massiva do Devoniano , é considerada a terceira mais intensa das extinções massivas a ser registrada na história da vida na Terra e atingiu o que é considerada como a "idade dos peixes", coincidente com a expansão da vegetação terrestre. Suas causas são ainda não conhecidas, atribuídas conjecturalmente a sucessivos impactos meteoríticos de grande escala, glaciação e diminuição da temperatura global, redução do dióxido de carbono e anoxia dos oceanos e outras massas d'água.
Entre estes fatores, ganha mais suporte entre os autores a queda acentuada da temperatura conjunta com a anoxia dos mares,[1] mas o debate sobre a questão se mantém nos meios especializados. Esta extinção massiva, diferentemente de outras extinções não se situa no final de um período geológico, no caso, na transição do período Devoniano para o Carbonífero, mas é situada na fase final do Devoniano (Frasniano e Famenniano), aproximadamente entre 377 e 362 milhões de anos atrás. Os peixes placodermos, como o Dunkleosteus, desapareceram nesta extinção em massa.
Discute-se se foi um evento para padrões da paleontologia instantâneo ou prolongado, com duração de dois a três milhões de anos. Seus efeitos se deram predominantemente sobre a vida marinha, com destaque para as então baixas latitudes. Havendo no período Devoniano, pelo menos hoje conhecidas, setenta famílias de peixes, apenas dezessete desas sobreviveram e passaram ao Carbonífero.[2] Ainda que os dados deste período, pela sua própria datação não sejam suficientemente volumosos, estima-se que foram eliminadas 14 a 38% das famílias, 50 a 57% dos gêneros marinhos e 70 a 83% das espécies marinhas[3][1] (Gibbs, 2001; McGhee Jr., 1996), predominantemente os amonóides, braquiópodes, briozoários, conodontes, corais, estromatoporóide, foraminíferos bentônicos e trilobitas.[4] É citado que foi afetado até 90% do fitoplâncton.[1] É registrada ainda significativa diminuição da vegetação terrestre, evidenciando-se marcante declínio dos esporos fossilizados, embora os autores considerem que esta diminuição deu-se em período e tempo mais longo que a da extinção em massa claramente definida.[1] Não existem significativos registros dos efeitos desta extinção sobre os vertebrados terrestres, embora tal evento tenha ocorrido quando estes estavam tomando os ambientes de terra seca.[5]