Estêvão I da Hungria
Rei da Hungria e Santo católico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Estêvão I, também conhecido como Rei Santo Estêvão (em húngaro: Szent István király; em latim: Sanctus Stephanus; em eslovaco: Štefan I. ou Štefan Veľký; Estrigônio, c. 975 – Székesfehérvár, 15 de agosto de 1038), foi o último grão-príncipe dos húngaros entre 997 e 1000 ou 1001, e o primeiro rei da Hungria de 1000 ou 1001 até sua morte em 1038. O ano de seu nascimento é desconhecido, mas muitos detalhes de sua vida sugerem que nasceu em ou após 975 em Estrigônio. Ao nascer, adquiriu o nome pagão Vajk. A data do seu batismo também é incerta. Era o único filho do grão-príncipe Géza I e sua esposa Sarolta, progênie da relevante família dos Giulas. Embora seus pais tenham sido batizados, Estêvão foi o primeiro membro de sua família a se tornar cristão devoto. Ele se casou com Gisela da Baviera, uma herdeira da imperial dinastia otoniana.
Estêvão I | |
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Rei da Hungria Apóstolo dos húngaros Igual aos apóstolos | |
Retrato de Estêvão sobre a mortalha de coroação húngara de 1031 | |
Grão-príncipe dos húngaros | |
Reinado | 997 – 1000 ou 1001 |
Antecessor(a) | Géza |
Rei da Hungria | |
Reinado | 1000 ou 1001 – 1038 |
Predecessor(a) | Título criado |
Sucessor(a) | Pedro |
Nascimento | c. 975 |
Estrigônio, Grão-Principado da Hungria | |
Morte | 15 de agosto de 1038 (63 anos) |
Székesfehérvár, Reino da Hungria | |
Casa | Arpades |
Pai | Géza |
Mãe | Sarolta |
Assinatura | |
Santo Estêvão | |
Veneração por | Igreja Católica |
Canonização | 20 de agosto de 1083 Estrigônio, Reino da Hungria por Papa Gregório VII |
Principal templo | Basílica de Santo Estêvão, Budapeste |
Festa litúrgica |
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Padroeiro | Hungria |
Depois de suceder seu pai em 997, teve que lutar pelo trono contra seu parente, Cupano, que era apoiado por grande número de guerreiros pagãos. Derrotou Cupano principalmente com a ajuda de cavaleiros estrangeiros, incluindo Vencelino, Hunto e Pasmano, mas também com a ajuda de lordes nativos. Foi coroado em 25 de dezembro de 1000 ou 1 de janeiro de 1001 com coroa enviada pelo papa Silvestre II. Numa série de guerras contra tribos e chefes semi-independentes — incluindo os húngaros negros e seu tio, Giula, o Jovem — unificou a Bacia dos Cárpatos. Protegeu a independência de seu reino, forçando as tropas invasoras do imperador Conrado II a se retirarem da Hungria em 1030.
Ele estabeleceu pelo menos um arcebispado, seis bispados e três mosteiros beneditinos; assim, a Igreja na Hungria se ampliou independente dos arcebispos do Sacro Império. Encorajou a difusão do cristianismo com duras punições aos que ignoravam os costumes cristãos. Seu sistema administrativo local se fundava em condados organizados em torno de fortalezas e geridas por oficiais reais. A Hungria, que desfrutou de um período duradouro de paz durante seu reinado, tornou-se uma rota preferida para peregrinos e mercadores que viajavam entre a Europa Ocidental e a Terra Santa ou Constantinopla.
Ele viveu mais que todos os seus filhos. Morreu em 15 de agosto de 1038 e foi enterrado em sua nova basílica, construída em Székesfehérvár e dedicada à Virgem Maria. Sua morte causou guerras civis que duraram décadas. Foi canonizado pelo papa Gregório VII, junto com seu filho Emérico (ou Américo) e o bispo Gerardo Sagredo, em 1083. Estêvão é um santo popular na Hungria e nos territórios vizinhos. Na Hungria, seu dia de festa (20 de agosto) é também feriado comemorativo da fundação do Estado.