Esporófilo
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Esporófilo é a estrutura das plantas sensu lato onde se formam os esporângios.[1] Em algumas plantas, como as samambaias, essa estrutura tem a forma de uma folha, donde o nome de esporófilo.
Este conceito tem como base a alternância de gerações que se observa nas plantas verdes e em algumas algas, entre uma fase do ciclo de vida em que o indivíduo é diploide e produz esporos por meiose, o esporófito, e outra que produz gâmetas (haploides) para a reprodução sexuada, o gametófito.
Nas espermatófitas, o gametófito é "parasita" do esporófito: os "esporos" haploides, o grão de polen e o saco embrionário, formam-se nas anteras e no ovário da flor (nos antófitos), ou nos órgãos correspondentes das gimnospermas. Estes órgãos sexuais, onde se formam os "esporos" são os esporófilos, dentro dos quais se formarão os gametas[2]. Neste caso, diz-se que existe heterosporia, ou seja, os "esporos" que vão dar origem aos gametas masculinos e femininos são diferentes e denominam-se macrosporófilos ou megasporófilos (os femininos) e microsporófilos, os masculinos.[3]
Já nos pteridófitos, musgos e algumas algas[4], os esporos são gerados em indivíduos (ou órgãos) semelhantes considerando-se, por isso, plantas homosporadas. Nas pteridófitas, o esporo dá origem a um gametófito independente, mas de curta duração. Nos musgos e hepáticas, o gametófito é a planta adulta e o zigoto dá origem a um esporófito que fica "parasita" do gametófito, a seta e a cápsula, que se pode considerar o esporófilo, pois é dentro dela que, a partir de meiose das células-mães, se formam os esporos que, ao germinarem, darão origem a novas plantas.