Escola perenialista
escola de pensamento filosófico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Escola perenialista, também chamada de perenialismo ou escola tradicionalista, é composta por um grupo de pensadores dos séculos XX e XXI que tentam expor ou reformular o que eles julgam ser uma filosofia perene, que remonta a ideias da Grécia antiga e do Antigo Egito.[1] Embora muitos estudiosos divirjam sobre questões históricas a respeito deste tema, normalmente os perenialistas enxergam pontos comuns em correntes budistas, como o mahayana, zen e o dzogchen, no hinduísmo, como o vedanta e na filosofia chinesa, como o taoísmo.[2] Normalmente autores perenialistas levam em conta registros exotéricos e também ensinamentos esotéricos.[3]
Esta corrente também é caracterizada por uma rejeição fundamental de algumas das teses do Iluminismo, do materialismo, embora nem todos os autores se oponham aos mesmos elementos característicos da modernidade da mesma forma ou com a mesma ênfase.[4][5]
Os fundadores desta corrente são o francês René Guénon, o cingalês Ananda Coomaraswamy e o suíço Frithjof Schuon. Outros pensadores influentes que se incluem no perenialismo são: Ivan Aguéli, Titus Burckhardt, Martin Lings, Marco Pallis, Fernando Sánchez Dragó e Hossein Nasr.[6] Alguns acadêmicos inserem o escritor e pintor Julius Evola nesta corrente, embora Evola apresente muitas divergências em relação aos citados, sobretudo pelo viés "prático" e "político" de suas ideias e pela influência de Nietzsche que permeia seus escritos.[7] Outro autor eventualmente vinculado ao perenialismo é o famoso intelectual romeno Mircea Eliade, embora a vinculação de Eliade seja matizada e frequentemente contestada.[8][9]