Enéas Carneiro
escritor, militar, médico, professor, físico e político brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Enéas Ferreira Carneiro (Rio Branco, 5 de novembro de 1938 — Rio de Janeiro, 6 de maio de 2007)[2] foi um polímata brasileiro. É considerado o maior ícone do conservadorismo nacionalista no Brasil,[3][4][5][6] e como político fundou o extinto Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA).[2][7] Foi filiado a ele de 1989, sua fundação, até 2006, quando ocorreu a fusão do PRONA com o Partido Liberal, surgindo o Partido da República, atualmente Partido Liberal, ao qual Enéas foi filiado de 2006 a 2007, ano de sua morte.[8]
Enéas Carneiro | |
---|---|
Enéas Carneiro falando à Comissão da Amazônia, em 2004 | |
Deputado federal por São Paulo | |
Período | 1.º de fevereiro de 2003 a 6 de maio de 2007 |
Presidente do Partido de Reedificação da Ordem Nacional | |
Período | 20 de junho de 1989 a 26 de outubro de 2006 |
Antecessor(a) | cargo criado |
Sucessor(a) | cargo extinto |
Dados pessoais | |
Nome completo | Enéas Ferreira Carneiro |
Nascimento | 5 de novembro de 1938 Rio Branco, AC |
Morte | 6 de maio de 2007 (68 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Mina Ferreira Carneiro Pai: Eustáquio José Carneiro |
Alma mater | Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (atual UNIRIO) |
Cônjuge | Jamile Augusta Ferreira (divorciado) Selene Maria Guimarães (divorciado) Adriana Lorandi (divorciado) |
Filhos(as) | Janete Ferreira Carneiro Gabriela Guimarães Carneiro Lígia Ferreira Carneiro |
Partido | PRONA (1989–2006) PR (2006–2007) |
Religião | católico[1] |
Profissão | expandir lista
|
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1959–1965 |
Graduação | 3º Sargento |
Condecorações | Medalha Marechal Hermes |
Em sua juventude, Enéas se interessou pela leitura dos textos de Friedrich Engels, tornando-se num entusiasta do socialismo científico. Segundo suas próprias palavras, ele sonhava com a União Soviética que emergia na Guerra Fria, mas deixou de ser socialista porque "quando o Estado toma conta dos meios de produção, a competição some, e satisfeitas as necessidades básicas, como habitação, a sociedade entra em letargia e não se desenvolve".[9]
Após se candidatar três vezes à Presidência da República (1989, 1994 e 1998) e uma vez à prefeitura de São Paulo (2000),[2] em 2002 foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, recebendo votação recorde: mais de 1,57 milhões de votos, a segunda maior votação já registrada no país.[10] Tornou-se muito famoso em todo o Brasil a partir de 1989, quando se candidatou à Presidência da República naquele ano, por seu bordão "Meu nome é Enéas!", usado sempre ao término de seus pronunciamentos no horário eleitoral gratuito brasileiro.[11]
Era conhecido por seu nacionalismo,[4][5][6] seu conservadorismo e pela oposição ao neoliberalismo[12] e ao socialismo.[13] Seus posicionamentos políticos são rolutados por vezes como de extrema-direita,[14][15][16] porém o próprio Enéas afirmou ser contrário à classificação esquerda-direita, afirmando serem "as duas faces da mesma moeda", definindo-se apenas como nacionalista.[17][18][19] Alguns críticos ainda tentaram associá-lo a uma espécie de novo símbolo do Movimento Integralista, devido a semelhanças entre opiniões do eleitorado do PRONA e dos extintos partidos integralistas.[20]