Eleições estaduais no Pará em 1955
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As eleições estaduais no Pará em 1955 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em nove estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos.[1][nota 1]
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Eleições estaduais no Pará em 1955 | ||||
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3 de outubro de 1955 (Turno único) | ||||
Candidato | Magalhães Barata | Epílogo de Campos | ||
Partido | PSD | UDN | ||
Natural de | Belém, PA | Rio Branco, AC | ||
Vice | Não havia | Não havia | ||
Votos | 97.307 | 95.564 | ||
Porcentagem | 50,45% | 49,55% | ||
Titular Eleito | ||||
O cenário político estadual mudou após a deposição do governador Eurico de Freitas Vale ante sua resistência ao golpe de estado embutido na Revolução de 1930, cujos primeiros dias deixaram o Pará sob gestões interinas até a escolha de Magalhães Barata como interventor federal em 12 de novembro do ano em questão.[nota 2] Filho de pai militar, formou-se pela Escola Militar do Realengo em 1911 e trabalhou no 52º Batalhão de Infantaria de Selva, bem como numa guarnição de fronteira entre Brasil e Guiana Francesa antes de transferir-se para o Rio de Janeiro, ora capital federal.[2][nota 3]
Em razão de seu apoio ao Tenentismo chegou a ser preso e enviado a Manaus exilando-se brevemente no Uruguai até sua volta ao Brasil pouco antes da queda do presidente Washington Luís. Afilhado de Lauro Sodré, manteve a interventoria até 1935 e a ela retornou em 1943 já sob o Estado Novo. Sempre filiado ao PSD foi eleito senador em 1945, perdeu o governo estadual em 1950 e reelegeu-se senador em 1954. Natural de Belém, Magalhães Barata ajudou a escrever a Constituição de 1946 durante a sua estadia como parlamentar e agora venceu a eleição para governador do Pará, bem como triunfou numa eleição suplementar, com direito a um mandato de cinco anos,[3][4] mas sua posse foi adiada até o fim dos recursos judiciais que pediam a recontagem ou anulação dos votos. Em 10 de junho de 1956, o deputado Cattete Pinheiro lhe passou o cargo. Entretanto o novo governador faleceu vítima de leucemia em 29 de maio de 1959.[5]
Ciente que o governador do estado poderia não sobreviver, a Assembleia Legislativa do Pará instituiu o cargo de vice-governador a fim resolver a questão sucessória e a escolha recaiu sobre Moura Carvalho. Militar, pecuarista e empresário nascido na capital paraense, foi deputado federal presente na elaboração da Constituição de 1934.[6] Filiou-se ao PSD no fim da Era Vargas elegendo-se deputado federal em 1945, governador do Pará em 1947 e deputado estadual em 1954 e 1958.[7] Graças à ação de seus pares chegou ao Palácio Lauro Sodré pela segunda vez.[8]