Eleições estaduais no Pará em 1954
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As eleições estaduais no Pará em 1954 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos os senadores Álvaro Adolfo e Magalhães Barata, além de nove deputados federais e trinta e sete deputados estaduais.[nota 1]
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Eleições estaduais no Pará em 1954 | ||||
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3 de outubro de 1954 Senadores eleitos | ||||
Líder | Álvaro Adolfo | Magalhães Barata | ||
Partido | PSD | PSD | ||
Natural de | São Benedito, CE | Belém, PA | ||
Votos | 88.610 | 87.991 | ||
Porcentagem | 29,78% | 29,57% | ||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
Quatro anos após ser derrotado por uma coligação entre seus adversários, o PSD paraense assimilou as lições do passado ao sair da "zona de conforto" e firmar a Aliança Social Democrática com o PRP e assim reelegeu os senadores vitoriosos em 1945 e obteve dois terços das vagas do estado na Câmara dos Deputados, embora a realização de eleições suplementares em 6 de fevereiro de 1955 tenha modificado esse percentual.[1]
Nascido no município cearense de São Benedito, o advogado Álvaro Adolfo estudou no Liceu do Ceará e iniciou o curso de Direito na Universidade Federal do Ceará, entretanto concluiu a graduação na Universidade Federal do Pará, para onde foi transferido. Professor da referida instituição, foi consultor jurídico do estado e integrou a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Iniciou sua carreira política na Primeira República Brasileira como aliado de Magalhães Barata. Graças a tal vínculo foi eleito deputado estadual em 1912 e senador estadual em 1924.[nota 2] Afastado da vida pública durante o Estado Novo, foi criador de gado zebu na Ilha de Marajó. Voltou à política em 1945 ao eleger-se senador pelo PSD ajudando a elaborar a Constituição de 1946 sendo agora reeleito.[2][3]
A outra cadeira de senador coube a Magalhães Barata. Natural de Belém, migrou à cidade do Rio de Janeiro a fim de ingressar na Escola Militar do Realengo onde se formou em 1911. Comandante de uma guarnição militar no Oiapoque antes de retornar à então capital federal, participou do Tenentismo e da Revolução de 1930. Após esse evento tornou-se interventor federal no Pará até 1935 retornando ao cargo em 1943 nele ficando até o fim do Estado Novo. Eleito senador pelo PSD em 1945, perdeu a eleição para o governo paraense em 1950, mas foi reeleito senador quatro anos depois.[4]