Eleições estaduais no Espírito Santo em 1966
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1966 ocorreram em duas etapas conforme previa o Ato Institucional Número Três[1] e assim a eleição indireta do governador e vice-governador foi em 3 de setembro e a escolha do senador, oito deputados federais e quarenta e três estaduais se deu em 15 de novembro[2] a partir de um receituário aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1966 | ||||
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3 de setembro de 1966 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1966 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Cristiano Lopes Filho
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Partido | ARENA
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Natural de | Bom Jesus do Norte, ES
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Vice | Isaac Rubim | |||
Votos | 34 | |||
Porcentagem | 100% | |||
Titular Eleito | ||||
O mecanismo da eleição indireta levou à vitória o advogado Cristiano Lopes Filho.[3] Nascido em Bom Jesus do Norte e diplomado na Universidade Federal do Espírito Santo, foi procurador do estado e professor do atual Instituto Federal do Espírito Santo. Oficial de gabinete do governador Jones dos Santos Neves, foi eleito deputado estadual via PSD em 1958, chegou à presidência da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e renovou o mandato parlamentar em 1962. Filiado à ARENA após a decretação do bipartidarismo, chegou ao Palácio Anchieta como integrante do grupo político de Carlos Lindenberg na primeira eleição indireta para o executivo capixaba desde abril de 1935 quando foi escolhido João Punaro Bley.[4][5]
Para vice-governador o eleito foi Isaac Rubim, major da Polícia Militar do Espírito Santo e que foi eleito anteriormente deputado estadual por duas vezes.
Eleito senador graças às sublegendas, Carlos Lindenberg formou-se advogado em 1922 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Natural de Cachoeiro de Itapemirim, ele é sobrinho de Jerônimo Monteiro e Bernardino Monteiro, ambos governadores do Espírito Santo durante a República Velha.[6][7] Como político, Carlos Lindenberg apoiou a Revolução de 1930, cumpriu dois mandatos de deputado federal e assinou a Carta Magna de 1934. Secretário de Fazenda e Secretário de Agricultura de João Punaro Bley, permaneceu no governo capixaba durante parte do Estado Novo.[8] Com o afrouxamento do regime, ingressou no PSD e retornou à Câmara dos Deputados em 1945 ajudando a escrever a Constituição de 1946. Desde então, foi eleito governador em 1947 e em 1958 e elegeu-se senador em 1950. Derrotado em 1962 ao buscar um novo mandato senatorial, venceu a disputa em 1966 pela ARENA.[9]