Eleições distritais no Distrito Federal em 1994
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As eleições distritais no Distrito Federal em 1994 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições na unidade federativa em questão e em 26 estados brasileiros. Nelas foram eleitos o governador Cristovam Buarque, a vice-governadora Arlete Sampaio, os senadores Lauro Campos e José Roberto Arruda, oito deputados federais e vinte e quatro distritais. Como nenhum candidato a governador atingiu metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 15 de novembro entre Cristovam Buarque e Valmir Campelo, com vitória do petista.[1]
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Eleições distritais no Distrito Federal em 1994 | ||||
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3 de outubro de 1994 (Primeiro turno) 15 de novembro de 1994 (Segundo turno) | ||||
Candidato | Cristovam Buarque | Valmir Campelo | ||
Partido | PT | PTB | ||
Natural de | Recife, PE | Crateús, CE | ||
Vice | Arlete Sampaio | Newton de Castro | ||
Votos | 460.137 | 393.710 | ||
Porcentagem | 53,89% | 46,11% | ||
Candidato mais votado por zona eleitoral no 2º turno (14):
Cristovam Buarque (7) Valmir Campelo (7) | ||||
Titular Eleito | ||||
Natural do Recife, o governador Cristovam Buarque é formado em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Pernambuco com mestrado em Economia na mesma instituição, onde lecionou. Professor da Universidade Católica de Pernambuco e colaborador da SUDENE, saiu do país em 1970 para fugir do Ato Institucional Número Cinco e três anos depois concluiu o Doutorado em Economia em Paris, na Sorbonne. Ainda em 1973, foi trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento e viajou pela América Latina a convite de outros organismos internacionais.[2]
Sua volta ao Brasil aconteceu nas pegadas da Lei da Anistia sancionada em 1979 pelo presidente João Figueiredo e assim tornou-se professor da Universidade de Brasília.[2] Colaborador do ministro da Indústria e Comércio, João Camilo Pena, assessorou Tancredo Neves durante a sucessão presidencial e com a morte deste foi confirmado na chefia de gabinete de Fernando Lyra, titular do Ministério da Justiça nos primeiros meses do Governo Sarney, em 1985, até ser escolhido reitor da UnB. Outrora militante da Ação Popular nos primeiros tempos do Regime Militar de 1964, filou-se ao PT após participar da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989. Sua vitória ao Palácio do Buriti tendo como vice-governadora a médica Arlete Sampaio, encerra um ciclo de seis anos onde a cena política brasiliense foi dominada por Joaquim Roriz.
O senador eleito mais votado foi Lauro Campos. Advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele nasceu em Belo Horizonte, é pós-graduado em Economia em Roma e Doutor pela Universidade Federal de Goiás.[3] Professor da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de Goiás, chegou à capital federal em 1976 integrando a Universidade de Brasília. Filiado ao PT, elegeu-se senador após as derrotas de 1986 e 1990.
A segunda vaga senatorial coube a José Roberto Arruda. Formado em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Itajubá, cidade onde nasceu.[4] Diretor da Novacap no governo Aimé Lamaison, fez especialização em Engenharia de Segurança em Barcelona e pós-graduação em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas. Com a Nova República tornou-se Secretário de Modernização Administrativa e Informática do Ministério de Minas e Energia sob a gestão Aureliano Chaves, até assumir a Companhia Energética de Brasília. Secretário de Serviços Públicos durante o governo José Aparecido de Oliveira, fundou o PSDB no Distrito Federal. Durante o segundo governo de Joaquim Roriz foi chefe da Casa Civil e depois secretário de Obras, elegendo-se senador pelo PP em 1994.[5]