Economia da Bolívia
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Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul, com uma economia baseada na agricultura e exploração de gás natural. Após uma desastrosa crise econômica no início da década de 1980, algumas reformas atraíram o investimento privado, estimularam o crescimento econômico e diminuíram os índices de pobreza na década seguinte.[3] O período entre 2003 e 2005 idade política, tensões étnicas e violentos protestos contra planos - posteriormente abandonados - de exportar o gás natural produzido no país para grandes mercados do Hemisfério Norte.[3]
Economia da Bolívia | |
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Centro financeiro de La Paz | |
Moeda | Boliviano |
Ano fiscal | Ano calendário |
Blocos comerciais | OMC, Mercosul (associado), Unasul e CAF |
Estatísticas | |
PIB | $40,581 bilhões (nominal, 2018), $89,258 bilhões (PPC, em 2018)[1] |
Variação do PIB | 4,2% (2018) |
PIB per capita | $3,565 (2018) |
PIB por setor | agricultura 11%, indústria 40%, comércio e serviços 49% (2011) |
Inflação (IPC) | 2,272% (2018) |
População abaixo da linha de pobreza |
38,6% (2015) |
Coeficiente de Gini | 48,06 (2013) |
Força de trabalho total | 5 312 765 (2011) |
Desemprego | 4% (2018) |
Principais indústrias | mineração, refino de coca, refino de minérios, petróleo, alimentos e bebidas, tabaco, artesanato, roupas, joalheria |
Exterior | |
Exportações | $7,746 bilhões (2017) |
Produtos exportados | gás natural, coca, soja e derivados, petróleo cru, minérios de zinco e estanho |
Principais parceiros de exportação |
(2021) |
Importações | $8,601 bilhões (2017) |
Produtos importados | derivados de petróleo, plásticos, papel, aviões e peças, automóveis, inseticidas, soja |
Principais parceiros de importação |
(2021) |
Dívida externa bruta | $12,81 bilhões (2018)[2] |
Finanças públicas | |
Receitas | $15,09 bilhões (2017)[2] |
Despesas | $18,02 bilhões (2017)[2] |
Fonte principal: [[2] The World Factbook] Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ |
Em 1° de maio de 2006, o governo do presidente boliviano Evo Morales (eleito em dezembro de 2005) promulgou um decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos que, em nove artigos, abriu um novo ciclo de participação do Estado boliviano na economia do país. O decreto impôs um significativo aumento dos royalties sobre a produção e determinou que as empresas estrangeiras que operavam sob o regime de contratos de risco entregassem toda sua produção à empresa estatal, em troca de uma tarifa fixa pelos serviços prestados.[3] O decreto gerou reações favoráveis, por um lado, mas também temor acerca dos riscos do ato nacionalizador, a curto prazo.
O maior peso da chamada "economia do gás" teve importante efeito multiplicador sobre outros setores, estimulando as exportações de produtos tradicionais (jóias, têxteis, couros, madeira e produtos da agricultura orgânica) e encorajando a atividades de pequenos produtores urbanos e rurais, com alto potencial de geração de emprego, redistribuição de renda e de construção de uma nova base produtiva para as classes médias urbanas emergentes. A questão central parece ser justamente construir a ponte entre a economia do gás e as atividades tradicionais.[4]
Hoje a Bolívia é uma das economias que mais cresceram na América do Sul, desde o início das reformas do presidente Evo Morales do partido Movimiento au socialismo. Contudo o país continua com graves problemas sociais e econômicos.
A pobreza extrema na Bolívia foi reduzida de 36,7% a 16,8% entre 2005 e 2015. O Coeficiente de Gini (utilizado para medir a desigualdade de renda) desceu de 0,60 a 0,47.[5]