Doença não transmissível
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As doenças não transmissíveis (DNT) ou como também são denominadas, as doenças e agravos não transmissíveis (DANT), envolvem um grupo bastante amplo, incluindo as doenças crônico-degenerativas (câncer, diabetes, doenças renais e reumáticas, dentre outras), as doenças cardiovasculares (doença isquêmica do coração, doenças cerebrovasculares e hipertensão), os agravos provocados por motivos externos (acidentes, violências, por exemplo) e transtornos mentais. No geral, o estilo de vida, a exposição a contaminantes, os fatores genéticos e os hábitos alimentares inadequados são os principais contribuintes para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis [1].
Czeresnia [2], ao usar o conceito de Fabre [3], diz respeito ao fato de que, atualmente, é necessário romper o medo associado à velha concepção de contágio, como aconteceu com algumas doenças, como a hanseníase, a SIDA e a tuberculose. É preciso ampliar a busca por normas e leis que busquem definir direitos, deveres e argumentos para os indivíduos acometidos pelas doenças e agravos não transmissíveis, pois se trata de uma problemática multifatorial, ou seja, que envolve diversas causas, como física, social, econômica e ambiental.
Em um encontro realizado no México em 2011 [4], membros da OMS e OPAS consideraram que para desenvolver uma estratégia abrangente de abordagem das doenças e agravos não transmissíveis é necessário o desenvolvimento de evidências sobre o real impacto socioeconômico destas sobre os sistemas de saúde. É importante, o Estado, portanto, avaliar a eficácia das diferentes formas de intervenção com o objetivo de definir prioridades locais e criar políticas públicas para diminuir o número de pessoas acometidas por essas doenças, que somente nas Américas atingem mais de 250 milhões de habitantes [5].