Doutrina dos relâmpagos
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A doutrina dos relâmpagos, disciplina fulgural ou arte fulgural (em latim: doctrina fulguralis ou ars fulguratoria; em italiano: dottrina dei fulmini) era uma parte central dos ensinamentos religiosos e práticas dos etruscos, que eram referidos pelos romanos como Etrusca disciplina. Outras práticas importantes de adivinhação eram a inspeção do fígado e a interpretação do vôo dos pássaros. A prática da adivinhação era reservada aos sacerdotes (harúspices). Um sacerdote observando e interpretando relâmpagos também era chamado de fulgurador (em latim: pl.: fulguratores, raramente também fulguriator ou fulgerator). A prática foi uma forma de ceraunomancia (do grego, keraunos = raio, que inclui relâmpago e trovão; também ceraunoscopia. Havia ademais astrapē = relâmpago;[1] do que se pode derivar em uso moderno o nome astrapomancia[2]). Assim Diodoro Sículo afirmou: "A keraunoscopia etrusca era renomada por quase toda terra",[3] e que esse estudo da natureza foi tão importante para a formação cúltica romana que adivinhos etruscos eram contratados pelos romanos para isso.[4]
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A disciplina fulgural se diferencia, no entanto, da brontoscopia (divinação de trovão, do grego brontḗ = trovão), porque seu componente principal era o trajeto luminoso (relâmpago), que tinha mais complexidade do que o sonoro (trovão). Porém, ambas vertentes eram realizadas pelos etruscos. Já os romanos essencialmente adotaram apenas a doutrina dos relâmpagos etrusca, mas não a seguiam totalmente igual e não era de grande importância no culto romano.[1][4]