Desastre aéreo de Linate
Colisão entre dois aviões no Aeroporto de Milão-Linate em 2001 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O desastre aéreo de Linate foi um grave acidente aéreo que ocorreu em 8 de outubro de 2001, às 08h10 horário local, no Aeroporto de Linate, em Milão, Itália, com um número final de 118 vítimas. Ele foi o acidente aeronáutico mais grave da história da Itália em número de vítimas e o segundo acidente de colisão no solo com maior número de vítimas do mundo, ficando atrás apenas do desastre aéreo de Tenerife, que ocorreu em 1977.[1]
Desastre aéreo de Linate | |
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Sumário | |
Data | 8 de outubro de 2001 |
Causa | Colisão na pista do aeroporto |
Local | Aeroporto de Milão-Linate, Itália |
Total de mortos | 118 (+4 em solo) |
Total de feridos | 4 (todos em terra) |
Primeira aeronave | |
Modelo | McDonnell-Douglas MD-87 |
Operador | Scandinavian Airlines |
Prefixo | SE-DMA |
Origem | Aeroporto de Milão-Linate, Itália |
Destino | Aeroporto de Copenhague, Dinamarca |
Passageiros | 104 |
Tripulantes | 6 |
Sobreviventes | nenhum |
Segunda aeronave | |
Modelo | Cessna Citation II |
Operador | Particular |
Prefixo | D-IEVX |
Origem | Aeroporto de Milão-Linate, Itália |
Destino | Aeroporto de Paris-Le Bourget, França |
Passageiros | 2 |
Tripulantes | 2 |
Sobreviventes | nenhum |
O acidente envolveu um Cessna Citation II privado (matrícula D-IEVX) que erroneamente entrou na pista principal do aeroporto de Milão e colidiu em cheio com um McDonnell Douglas MD-87 da Scandinavian Airlines (matrícula SE-DMA)[2] que decolava. O violento impacto matou os ocupantes do Cessna e danificou o MD-87 a tal ponto que o impediu de completar a decolagem, vindo a se chocar em um prédio usado para classificar bagagens, localizado na extensão da pista. O impacto e o fogo subsequente (também devido ao atraso das operações de resgate, que chegaram no local do acidente após vários minutos, e também por causa da densa névoa que pairava sobre o aeroporto milanês) não permitiu que os ocupantes de ambas as aeronaves escapassem, nem para quatro trabalhadores que lidavam com a guarda de bagagens.[3][4] Um quinto auxiliar de bagagem, Pasquale Padovano, embora gravemente queimado na maior parte do corpo, foi salvo, resultando no único sobrevivente do desastre.
Menos de um mês após os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e no mesmo dia em que a guerra no Afeganistão começou, muitos inicialmente assumiram que se tratava de um novo ataque terrorista.[5][6][7][8] As investigações subsequentes revelaram que o acidente foi causado por deficiências estruturais do aeroporto de Linate (sinalizações antigas e não previstas nos regulamentos, sensores de movimentação em solo e detecção de invasão de pista desativados) e uma série de erros pelos pilotos da Cessna e dos controladores de tráfego aéreo. Considerando também o fato de que apenas 24 horas antes da tragédia houve um acidente com as mesmas circunstâncias e que, em média, uma vez por semana em Linate um avião invadia a pista principal por razões idênticas às mencionadas acima, todo o aeroporto de Linate foi posteriormente objeto de extensa reestruturação e ajustes.[9][10][11]