Cláudia (gens)
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A gente Cláudia (em latim: Claudia; pl. Claudii) era uma das mais proeminentes casas patrícias da Roma Antiga e sua origem remontava os primeiros dias da República Romana. O primeiro dos Cláudios a chegar ao consulado foi Ápio Cláudio Sabino Regilense, em 495 a.C., e, a partir daí, seus membros frequentemente ocuparam os postos mais altos da magistratura romana, tanto no período republicano como no imperial.[1]
Cláudios plebeus aparecem nos registros logo no início da história romana. Alguns eram descendentes de membros da família que passaram para a plebe enquanto que outros eram descendentes de libertos da gente e que passaram o nome aos seus descendentes. A variação Clódia (pl. Clodii) era frequentemente utilizada pelos Cláudios plebeus.[1]
Em seu relato sobre a vida do imperador Tibério, o historiador Suetônio forneceu um sumário da história dos Cláudios e diz: "com o passar do tempo, ela [a gente] foi honrada com vinte e oito consulados, cinco ditaduras, sete censorados, seis triunfos e duas ovações". Escrevendo décadas depois da queda da dinastia júlio-claudiana, Suetônio também tratou de mencionar os maus feitos atribuídos aos membros da família.[2]
Os Cláudios patrícios eram notórios por seu orgulho e arrogância e pelo profundo ódio que nutriam pela plebe. Em sua "História de Roma", Niebuhr escreveu que:
“ | A casa, no decorrer dos séculos, produziu diversos homens famosos e poucos grandes homens; dificilmente um de nobres intenções. Em todas as épocas, ela se destacou tanto por um espírito de arrogante desafio, pelo desprezo pelas leis e pela dureza de seus corações de ferro[3] | ” |
— Barthold Georg Niebuhr, História de Roma. |
Durante o período republicano, nenhum Cláudio patrício adotou um membro de outra gente e o imperador Cláudio foi o primeiro a romper com a tradição ao adotar Lúcio Domício Enobarbo, o infame imperador Nero.[1][4][5]