Classe Littorio
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A Classe Littorio, também chamada de Classe Vittorio Veneto, foi uma classe de navios couraçados operada pela Marinha Real Italiana, composta pelo Littorio, Vittorio Veneto, Impero e Roma. A construção das duas primeiras embarcações começou em 1934 nos estaleiros da Gio. Ansaldo & C. em Gênova e Cantieri Riuniti dell'Adriatico em Trieste, enquanto os outros dois tiveram suas obras iniciadas em 1938 nos mesmos estaleiros. Eles entraram em serviço entre 1940 e 1942 e foram os últimos couraçados da Itália, os mais modernos operados pelo país durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido desenvolvidos em resposta à Classe Dunkerque da Marinha Nacional Francesa.
Classe Littorio | |
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O Roma, a última embarcação da classe | |
Visão geral Itália | |
Operador(es) | Marinha Real Italiana |
Construtor(es) | Gio. Ansaldo & C. Cantieri Riuniti dell'Adriatico |
Predecessora | Classe Francesco Caracciolo |
Período de construção | 1934–1942 |
Em serviço | 1940–1948 |
Planejados | 4 |
Construídos | 3 |
Cancelados | 1 |
Características gerais | |
Tipo | Couraçado |
Deslocamento | 45 029 a 45 485 t (carregado) |
Comprimento | 237,76 a 240,68 m |
Boca | 32,82 m |
Calado | 9,6 m |
Propulsão | 4 hélices 4 turbinas a vapor 8 caldeiras |
Velocidade | 30 nós (56 km/h) |
Autonomia | 3 920 milhas náuticas a 20 nós (7 260 km a 37 km/h) |
Armamento | 9 canhões de 381 mm 12 canhões de 152 mm 4 canhões de 120 mm 12 canhões de 90 mm 20 canhões de 37 mm 16 a 32 canhões de 20 mm |
Blindagem | Cinturão: 350 mm Convés: 45 a 162 mm Torres de artilharia: 150 a 380 mm Anteparas: 70 a 280 mm Barbetas: 350 mm Torre de comando: 255 mm |
Aeronaves | 3 hidroaviões |
Tripulação | 1 830 a 1 930 |
Os couraçados da Classe Littorio eram armados com uma bateria principal formada por nove canhões de 381 milímetros montados em três torres de artilharia triplas. Tinham um comprimento de fora a fora que ficava entre 237 e 240 metros, boca de 32 metros, calado de mais de nove metros e um deslocamento carregado que ficava em aproximadamente 45 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por oito caldeiras a óleo combustível que alimentavam quatro turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de trinta nós (56 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão de blindagem com 350 milímetros de espessura.
O Littorio e o Vittorio Veneto entraram em serviço pouco depois da entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial. Eles formaram a espinha dorsal da frota italiana e realizaram várias surtidas no Mar Mediterrâneo para interceptar comboios britânicos, porém com poucos sucessos. Os dois foram torpedeados no início de carreira, o Littorio em novembro de 1940 e depois em junho de 1942, enquanto o Vittorio Veneto em março e em setembro de 1941. O Roma entrou em serviço em junho de 1942, porém os três, por escassez de combustível, ficaram inativos e atracados em La Spezia até junho do ano seguinte, quanto foram danificados em uma série de ataque aéreos Aliados contra o porto.
O governo de Benito Mussolini caiu em julho de 1943 e o Littorio foi renomeado para Italia. Os italianos se renderam em setembro de 1943 e assinaram um armistício com os Aliados. Os três couraçados em atividade foram enviados para serem internados em um porto Aliado, porém foram atacados por bombardeiros alemães, com o Roma sendo afundado. O Italia e o Vittorio Veneto permaneceram internados no Canal de Suez até o fim da guerra, enquanto o casco incompleto do Impero foi tomado pelos alemães e usado como alvo de tiro até ser afundado por um ataque aéreo norte-americano em fevereiro de 1945. Os três navios foram desmontados depois do fim das hostilidades.