Palácio de Versalhes
Museu em Versalhes, França / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Palácio de Versalhes (em francês: Château de Versailles) é um castelo real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.
Palácio e Parque de Versalhes ★
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Palácio de Versalhes | |
Critérios | C(i) C(ii) C(vi) |
Referência | 83 en fr es |
Países | França |
Coordenadas | 48° 48' 17" N 2° 7' 15" E |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 1979 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial |
Em 1660, de acordo com os poderes reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís XIV,[1] foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos tumultos e doenças da cidade apinhada. Paris crescera nas desordens da guerra civil entre as facções rivais de aristocratas, chamada de Fronda. O monarca queria um local onde pudesse organizar e controlar completamente um Governo da França por um governante absoluto. Resolveu assentar no pavilhão de caça de Versalhes, e ao longo das décadas seguintes expandiu-o até torná-lo no maior palácio do mundo. Versalhes é famoso não só pelo edifício, mas como símbolo da Monarquia absoluta, a qual Luís XIV sustentou.[2] Considerado um dos maiores do mundo,[2][3] o Palácio de Versalhes possui 2 153 janelas,[4] 67 escadas,[5] 352 chaminés,[6] 700 quartos, 1 250 lareiras e 700 hectares de parque.[3] É um dos pontos turísticos mais visitados da França,[3][7] recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária.[8] Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664,[3] foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.[2]
Incumbido da tarefa de transformar o que era o pavilhão de caça de Luís XIII no mais opulento palácio da Europa, o arquiteto Louis Le Vau reuniu centenas de trabalhadores e começou a construir um novo edifício ao lado do já existente.[9] Foram assim realizadas sucessivas ampliações — apartamentos reais, cozinhas e estábulos — que formaram o Pátio Real. Le Vau não conclui as obras. Após sua morte, Jules Hardouin-Mansart tornou-se, em 1678, o arquiteto responsável por dar continuidade ao projeto de expansão do palácio.[9] Foi quem construiu o Laranjal, o Grande Trianon, as alas Norte e Sul do Palácio, a Capela e a Galeria de Espelhos (onde foi ratificado, em 1919, o Tratado de Versalhes).[10] A última, trata-se de uma sala com 73 m de comprimento, 12,30 m de altura e iluminada por dezessete janelas que têm à sua frente, espelhos que refletem a vista dos jardins.[11]
Em 1837 o castelo foi transformado em museu de história.[3] O palácio está cercado por uma grande área de jardins,[12] uma série de plataformas simétricas com canteiros, estátuas, vasos e fontes trabalhados, projetados por André Le Nôtre.[10] Como o parque é grande, um trem envidraçado faz um passeio entre os monumentos.[13]