Centro de Instrução de Guerra na Selva
escola militar do exército brasileiro instalada na cidade de Manaus, Amazonas / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) é uma organização militar do Exército Brasileiro destinada a qualificar militares líderes de pequenas frações como guerreiros da selva, combatentes aptos a cumprir missões de natureza militar nas áreas mais inóspitas da Floresta Amazônica brasileira, bem como em ambientes da mesma natureza.[1][2][3][4] Sediado em Manaus, o CIGS é subordinado ao Comando Militar da Amazônia, com vínculo técnico à Diretoria de Ensino Técnico Militar.[5]
Centro de Instrução de Guerra na Selva | |
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![]() Brasão | |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar da Amazônia |
Sigla | CIGS |
Criação | 2 de março de 1964 (60 anos) |
Sede | |
Guarnição | Manaus, Amazonas |
Página oficial | cigs |
Cabe ao CIGS a pesquisa e experimentação de táticas, armamentos e equipamentos para a guerra na selva,[6] formando uma doutrina que ele difunde através dos cursos.[7] Parte dos militares servindo na região especializa-se ali; os demais são adestrados na guerra na selva dentro de suas próprias organizações militares.[6]
Desde 1959, o Curso de Operações Especiais, à época organizado pelos paraquedistas, já tinha um estágio de guerra na selva. O pensamento militar da época via esse ambiente como propício para um inimigo guerrilheiro.[8] O CIGS foi criado em 2 de março de 1964, tendo como primeiro comandante o major Jorge Teixeira de Oliveira (“Teixeirão”), origem da denominação histórica de “Centro Coronel Jorge Teixeira”. O corpo docente inicial foi instruído no Jungle Operations Training Center, instituição americana no Panamá.[5] A hipótese de uma insurgência na selva ocorreu na época com a Guerrilha do Araguaia, e militares formados no CIGS participaram de sua eliminação. De 1970 a 1978 o CIGS o curso de comandos, apesar da ambição dos paraquedistas de ter a prerrogativa de formar as tropas especiais.[8]
Outros países com parte do território na Amazônia, como a Bolívia, Colômbia, Equador, França (via a Guiana Francesa), Guiana, Peru e Venezuela também têm “Escolas de Selva” para a especialização de seus militares. Seu objetivo comum é a dissuasão contra um possível invasor, pois as condições naturais da região limitam as forças militares convencionais e exigem forças especializadas.[9] No Brasil, grande parte desse esforço é voltado à “estratégia de resistência”, pela qual um invasor com plena superioridade militar seria derrotado através da guerra irregular.[6]