Catolicismo e política nos Estados Unidos
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O catolicismo corresponde, atualmente, a uma parte significativa da vida política dos Estados Unidos da América, ao contrário do que ocorria quando a nação foi fundada por protestantes.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2021) |
A Igreja Católica é a segunda maior religião cristã dos Estados Unidos, com mais de 68 milhões de membros, atrás apenas do Protestantismo. Para 85% dos católicos, sua fé tem alguma ou grande importância. Nas eleições nacionais mais recentes, os católicos representaram de 25% a 27% dos votos. Entretanto, ao contrário de outros países com grande número de católicos, os Estados Unidos não possui nenhum partido Cristão Democrata grande. Nunca houve, de fato, na política do país, um partido político de orientação cristã similar aos da Europa e da América Latina.
Da metade do Século XIX até 1964, os católicos estavam solificadamente ligados ao Partido Democarata. O nível de apoio dos católicos aos democratas chegava a 80% no período. Os católicos eram parte importante da Coalizão do New Deal, lutando por posições liberais na política interna e contra o comunismo na política externa. Desde a eleição de 1968, o voto dos católicos dividiu-se. Em 2004, por exemplo, o republicano conservador George W. Bush ganhou mais votos de católicos do que o democrata liberal John Kerry, apesar deste último ser católico.
Isto se explica graças ao declínio dos sindicatos e da mobilidade dos católicos à classe média, o que os afastou do liberalismo, aproximando-os do conservadorismo (principalmente econômico). Desde o fim da Guerra Fria, a grande luta dos católicos contra o comunismo perdeu sentido. Em relação às políticas sociais, a Igreja Católica orienta seus fiéis a votarem contra políticos pró-escolha e a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, não é raro a maioria laica ir contra as determinações do Papa em relação ao controle de natalidade. Nas últimas eleições presidenciais, por exemplo, 54% dos católicos votaram em Barack Obama, apesar da orientação de alguns bispos para que os fiéis não votassem nele por este ter defendido o direito ao aborto enquanto Senador.
Não são raras, entretanto, as coalizões formadas entre católicos conservadores e evangélicos para se oporem às propostas de legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tais coalizões não são um fenômeno exclusivo da política estadunidense, estando presentes nas casas legislativas de vários países do Ocidente.