Bento XVI e o Islã
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O Papa Bento XVI teve, em 20 de agosto de 2005, um encontro com os muçulmanos por ocasião da "XX Jornada Mundial da Juventude", onde teve a oportunidade de lamentar as antigas lutas entre cristãos e muçulmanos e sugerir que as lições do passado deveriam servir para evitar a repetição dos mesmos erros. Mais tarde pronunciou um discurso na Universidade de Ratisbona que sofreu fortes críticas de parcela importante do mundo islâmico. A diplomacia vaticana mobilizou-se para desfazer o que, segundo a Santa Sé, teria sido fruto de incorreta interpretação. Aos poucos as relações entre o Vaticano e os principais líderes islâmicos voltou à normalidade.[1]
“ | O Islã é multiforme, não se pode reduzir à ala terrorista ou à ala moderada. Há interpretações sunitas, xiitas etc. Culturalmente, existe uma grande diferença entre Indonésia, África ou a Península Arábica, e talvez esteja se formando também um Islã com características europeias, que aceita elementos de nossa cultura. Em todo caso, para nós, é um desafio positivo a firme fé em Deus dos muçulmanos, a consciência de que estamos todos sob o juízo de Deus, junto com um certo patrimônio moral e a observação de algumas normas que demonstram que a fé, para viver, necessita expressões comuns, algo que perdemos em certa medida. | ” |