Astrócito
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Os astrócitos são células da neuróglia, são as mais abundantes do sistema nervoso central e são as que possuem as maiores dimensões. Levam esse nome pelo seu formato (astro=estrela, cito=célula). Existem dois tipos de astrócitos: os protoplasmásticos e os fibrosos. Os primeiros predominam na substância cinzenta, e os segundos predominam na substância branca do cérebro.[1]
Os astrócitos, desempenham funções muito importantes, como a sustentação e a nutrição dos neurônios.
Outras funções que desempenham são:
- Preenchimento dos espaços entre os neurônios.[2]
- Regulação da concentração de diversas substâncias com potencial para interferir nas funções neuronais normais (ex.: concentrações extracelulares de potássio).[2]
- Regulação dos neurotransmissores (restringem a difusão de neurotransmissores liberados e possuem proteínas especiais em suas membranas que removem os neurotransmissores da fenda sináptica).[2]
- Dão suporte ao cérebro
- Participam da barreira hemato-encefálica, imunidade e manutenção da homeostase cerebral.
Pesquisas de meados da década de 90 mostraram que os astrócitos propagam ondas de Ca2+ intercelular através de longas distâncias quando estimulados além de, como os neurônios, liberar transmissores (chamados de gliotransmissores) através de um complexo sistema dependente de Ca2+. Há também dados que sugerem uma sinalização astrócito-neuronal através de liberação de glutamato, também dependente de Ca2+.[3] Tais descobertas ampliaram os conceitos da neurociência sobre os astrócitos e os tornaram objeto de pesquisa tão importantes quanto os neurônios.[2]
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Estudos recentes sugerem que podem ativar a maturação e a proliferação de células-tronco nervosas adultas e ainda, que fatores de crescimento produzidos pelos astrócitos podem ser críticos na regeneração dos tecidos cerebrais ou espinhais danificados por traumas ou enfermidades.[2]
Pensava-se que a rede neuronal cerebral era a única importante para o pensamento e aprendizagem. Mas os resultados actuais[5] sugerem que os astrócitos podem ser tão críticos para certas funções corticais quanto os neurônios. Como a proporção entre o número de células gliais e de neurónios aumenta à medida que se consideram animais evolucionariamente mais desenvolvidos, pensa-se que as ondas de cálcio propagadas através da rede de astrócitos (dez vezes mais numerosos no cérebro do que os neurônios) poderão contribuir para uma maior capacidade de aprendizagem.