Arte rupestre do extremo sul da península Ibérica
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A arte rupestre do extremo sul da península Ibérica, conhecida localmente como arte sureño ("arte sulista"), refere-se a um conjunto de arte rupestre existente primariamente nas províncias de Cádis, bem como na de Málaga, na Andaluzia (Espanha).
Trata-se de mais de 180 cavernas e abrigos com representações pré-históricas em forma de pinturas e gravuras. As figuras mais antigas do conjunto datam do Paleolítico Superior. Um exemplo desta época são as gravuras de cavalos da Caverna do Mouro (Tarifa), que representam a arte paleolítica mais meridional do continente europeu. Com 20 000 anos de antiguidade, são mesmo mais antigas que as pinturas rupestres de bisões da famosa Caverna de Altamira. Outras manifestações parietais destas cavernas são post-paleolíticas (Neolítico, Calcolítico, Idade do Bronze, Idade do Ferro). Dentro do conjunto destaca-se o município de Tarifa (província de Cádis) com mais de meio centenar de cavernas e abrigos de todas as épocas pré-históricas.
A importância desta arte rupestre reside no fato de estas manifestações pré-históricas serem realizadas num período de cerca de 20 000 anos, o qual permite contemplar os câmbios de estilos, técnicas, evoluções e influências culturais que tiveram lugar durante tão dilatado espaço de tempo.
Destacam-se:
- Caverna do Mouro (Tarifa). Paleolítico (antiguidade: 20 000 anos). Destacam-se: Gravados de cavalos.
- Caverna do Tajo de las Figuras (Benalup). Neolítico. Destacam-se: Pinturas rupestres de aves.
- Caverna de Bacinete (Los Barrios). Idade do Bronze. Destacam-se: Zoomorfos e antropomorfos.
- Caverna da Laja Alta (Jimena de la Frontera). Arte proto-histórica. Destacam-se: Pinturas rupestres de barcos.
- Caverna do Mouro
- Tajo das Figuras
- Caverna de Bacinete
- Caverna da Laja Alta
- Caverna de Las Palomas