Anton Tchekhov
célebre dramaturgo, escritor e médico russo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Anton Pavlovitch Tchekhov,[nota 1] em russo: Анто́н Па́влович Че́хов (Taganrog, 29 de janeiro de 1860[nota 2] — Badenweiler, 15 de julho de 1904[nota 3]), foi um médico, dramaturgo e escritor russo, considerado um dos maiores contistas de todos os tempos.[1] Em sua carreira como dramaturgo criou quatro clássicos e seus contos têm sido aclamados por escritores e críticos.[2][3] Tchekhov foi médico durante a maior parte de sua carreira literária, e em uma de suas cartas[4] ele escreve a respeito: "A medicina é a minha legítima esposa; a literatura é apenas minha amante".[5]
Anton Tchekhov Антон Чехов | |
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Anton Tchekhov em 5 de maio de 1889 | |
Nascimento | 17 de janeiro de 1860 Taganrog, Império Russo |
Morte | 15 de julho de 1904 (44 anos) Badenweiler, Império Alemão |
Nacionalidade | Russa |
Cônjuge | Olga Knipper (1901-1904) |
Ocupação | Médico, escritor, dramaturgo |
Escola/tradição | Realismo/Naturalismo |
Assinatura | |
Tchekhov renunciou ao teatro e deixou de escrever obras teatrais após a péssima recepção de A Gaivota (em russo: "Чайка") em 1896, mas a obra foi reencenada e aclamada em 1898, interpretada pela companhia Teatro de Arte de Moscou de Constantin Stanislavski que interpretaria também Tio Vânia (Дядя Ваня), As Três Irmãs (Три сестры) e O Jardim das Cerejeiras (Вишнëвый сад). Estas quatro obras representam um desafio para os atores,[6] bem como para o público, porque no lugar da atuação convencional Tchekhov oferece um "teatro de humores" e uma "vida submersa no texto".[7] Nem todos apreciaram o desafio: Liev Tolstói disse a Tchekhov: "Sabe, eu não consigo tolerar Shakespeare, mas suas peças são ainda piores".[8][9] No entanto, Tolstói admirava os contos de Tchekhov.[10]
A princípio Tchekhov escrevia simplesmente por razões financeiras, mas sua ambição artística cresceu, e ele fez inovações formais que influenciaram na evolução dos contos modernos.[11] Sua originalidade consiste no uso da técnica de fluxo de consciência, mais tarde adotada por James Joyce e outros modernistas, além da rejeição do propósito moral presente na estrutura das obras tradicionais.[12] Ele nunca fez nenhum pedido de desculpas pelas dificuldades impostas aos leitores, insistindo que o papel de um artista era o de fazer perguntas, não o de respondê-las.[13]