Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
central nuclear em Angra dos Reis, RJ / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) é o complexo formado pelo conjunto das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3 (em construção), de propriedade da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Elas são o resultado de um longo programa nuclear brasileiro que remonta à década de 1950 com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) liderado na época principalmente pela figura do Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, que lhe empresta o nome.
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto | |
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Vista geral da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, com Angra 1 à direita e Angra 2 à esquerda. | |
Localização | |
Localização | Angra dos Reis, Brasil |
País | Brasil |
Divisão | Rio de Janeiro |
Subdivisão | Angra dos Reis |
Coordenadas | 23°0'30"S, 44°27'30"W |
Dados gerais | |
Proprietário | Governo Brasileiro |
Operador | Eletronuclear |
Obras | 1971-1985 |
Data de inauguração | 1 de maio de 1971 |
Tipo | central nuclear |
Capacidade de geração | 1 884 MW |
Unidades geradoras | 2 |
Website |
www |
Está localizada às margens da rodovia BR-101, na praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. As razões determinantes dessa localização foram a proximidade dos três principais centros de carga do Sistema Elétrico Brasileiro (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), a necessária proximidade do mar e a facilidade de acesso para os componentes pesados.
As usinas operam normalmente a plena capacidade, ou seja, em cem por cento do tempo, sendo desligadas uma vez por ano para recarga do reator. As paradas para recarga duram cerca de trinta dias e, além da recarga, são feitos diversos testes nos sistemas normais e de segurança, além de manutenções programadas. O despacho das usinas é comandado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A interligação elétrica da usina ao sistema elétrico é feita por três linhas de transmissão em quinhentos quilovolts para as subestações de Cachoeira Paulista, São Paulo, e de São José em Belford Roxo, de Grajaú no Rio de Janeiro. Uma interligação em 138 quilovolts existe para alimentar os sistemas da usina nos períodos de parada.
Em 2010, foram produzidos na CNAAA 14 415 gigawatts-hora (GWh), correspondendo a três por cento do consumo de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional.[1] De 1985, quando entrou em operação comercial a usina Angra 1, até 2005, a produção acumulada de energia das usinas nucleares Angra 1 e 2 somam 100 000 GWh, o que equivale à produção anual da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, na fronteira Brasil-Paraguai.[2]