Alberto Fernández
político e advogado argentino / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Alberto Ángel Fernández (Buenos Aires, 2 de abril de 1959) é um político, advogado e professor argentino que serviu como Presidente da Argentina de 2019 a 2023. Filiado ao Partido Justicialista, Fernández foi eleito no primeiro turno da eleição de 2019 obtendo 48,24% dos votos derrotando o presidente Mauricio Macri, que tentava reeleição. Foi empossado no cargo em 10 de dezembro de 2019 juntamente com sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner.[1] Foi sucedido na presidência por Javier Milei em 10 de dezembro de 2023.
Alberto Fernández | |
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Fernández em sua posse como presidente (2019) | |
51.º Presidente da Argentina | |
Período | 10 de dezembro de 2019 até 10 de dezembro de 2023 |
Vice-presidente | Cristina Kirchner |
Antecessor(a) | Mauricio Macri |
Sucessor(a) | Javier Milei |
Chefe do Gabinete de Ministros da Argentina | |
Período | 25 de maio de 2003 a 23 de julho de 2008 |
Presidente | Néstor Kirchner (2003-2007) Cristina Kirchner (2007-2008) |
Antecessor(a) | Alfredo Atanasof |
Sucessor(a) | Sergio Massa |
Legislador de Buenos Aires | |
Período | 7 de agosto de 2000 a 25 de maio de 2003 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Alberto Ángel Fernández |
Nascimento | 2 de abril de 1959 (65 anos) Buenos Aires, Argentina |
Alma mater | Universidade de Buenos Aires |
Esposa | Marcela Luchetti (1993-2005) Fabiola Yáñez (desde 2014) |
Filhos(as) | 1 |
Partido | Justicialista (desde 1983) |
Profissão | Advogado, professor e político |
Assinatura |
Graduado em Direito, Fernández trabalhou como advogado e professor de Direito Penal na Universidade de Buenos Aires, função que passou a desempenhar em 1983. Interessado pela política desde a juventude, participou do governo de Carlos Menem e foi vereador de Buenos Aires por um mandato, entre 2000 e 2003. De 2003 a 2008, Fernández foi chefe de Gabinete da Nação Argentina, ocupando o cargo durante toda a presidência de Néstor Kirchner e parte da presidência de Cristina. Posteriormente, tornou-se crítico do governo kirchnerista, motivo pelo qual a renúncia de Cristina em ser candidata a presidente em 2019 e a escolha de Fernández como seu companheiro de chapa foi considerada surpreendente.[2]
Membro do Partido Justicialista,[3] de orientação Peronista, Fernández foi o candidato do partido eleição presidencial na Argentina em 2019 e derrubou o presidente incumbente Mauricio Macri com 48% dos votos (dois milhões de votos a mais que seu concorrente). Sua posição política foi descrita como de esquerda.[4] Os primeiros dois anos de sua presidência foram limitados pela pandemia de COVID-19 na Argentina, durante a qual ele impôs medidas rigorosas de lockdown para suprimir a propagação da doença.[5] Ele herdeou ainda do seu predecessor uma crise cambial severa.[6] Embora a economia tenha recuperado em 2021–22,[7] a inflação piorou e superou a marca de 100% (o índice mais alto desde 1991).[8] A deterioração do quadro econômica atingiu sua popularidade, que permaneceu extremamente baixa durante todo o seu mandato, com o número de argentinos que desaprovavam sua administração variando entre 60% e 80% do eleitorado.[9][10]
De acordo com o jornal britânico The Economist, Fernández foi considerado "um presidente sem plano" e a sua presidência foi descrita como "fraca",[11][12] aludindo à sua falta de tomada de decisão independente. Em vez disso, suas decisões eram fortemente influenciadas pela sua vice-presidente e ex-chefe de estado Cristina Fernández de Kirchner, também líder da coalizão de governo, que o próprio Fernández descreveu como "fonte permanente de consulta".[13] Em abril de 2023, Fernández anunciou que decidiu não buscar a reeleição na eleição presidencial na Argentina em 2023.[14]