Abu Abedalá Maomé ibne Sade ibne Mardanis
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Abu Abedalá Maomé ibne Saíde ibne Maomé ibne Amade ibne Mardanis Aljudami ou Atujibi (em árabe: أبو عبد الله محمد بن سعد بن محمد بن أحمد بن مردنيش الجذامي o التجيبي; romaniz.:Abū ʿAbd Allāh Muḥammad ibn Saʿd ibn Muḥammad ibn ’Aḥmad ibn Mardanīš al-Ŷuḏāmī), ou Rei Lobo (em latim: Rex Lupus; em castelhano: Rey Lobo ou Rey Lope; Peníscola, 1124/25[1][2] - Múrcia, 28 de março de 1172[3]) segundo as fontes cristãs,[4] foi rei de Múrcia de 1147 até sua morte.[5] Estabeleceu seu poder sobre as cidades de Múrcia, Valência e Dénia a medida que o Império Almorávida declinou e se opôs à expansão do Califado Almóada ainda sob seu primeiro califa, Abde Almumine (r. 1133–1163).
Abu Abedalá Maomé ibne Saíde ibne Mardanis | |
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Busto em Alicante, na Espanha, quiçá representando ibne Mardanis | |
Rei (emir) de Múrcia | |
Reinado | 1147-1172 |
Nascimento | 1124/25 |
Morte | 28 de março de 1172 |
Pai | Saíde ibne Mardanis |
Religião | Islamismo |
Membro de uma família muladi, sua família emigrou da Marca Superior em direção ao sul do Alandalus, onde ibne Mardanis nasceu. Em 1147/1148, assume o Reino de Múrcia e logo enfrenta oposição de seu parente Iúçufe ibne Hilal. Após suprimir a revolta de seu parente, dedica-se nas décadas subsequentes a combater o Califado Almóada nascido dos escombros do Império Almorávida. Na sua luta, fez várias alianças com os reinos cristãos do norte da Península Ibérica e com as Repúblicas de Gênova e Pisa. Apesar disso, sua filha Safia casar-se-ia com o califa Abu Iúçufe Iacube Almançor (r. 1184–1199) e geraria seu sucessor Almamune (r. 1229–1232).