Área de Testes de Semipalatinsk
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A Área de Testes de Semipalatinsk, conhecido popularmente como O Polígono,[1] foi o local utilizado pela União Soviética para testes de artefatos nucleares. Numa área total de 18 mil km2, o polígono está localizado na estepe do nordeste do Cazaquistão (na época chamado de República Socialista Soviética Cazaque), ao sul do vale do rio Irtysh.[2] A sede cientifica do campo de testes, chamada de Kurchatov, uma cidade planejada e batizada com o nome de Igor Kurchatov (um dos pais do programa nuclear soviético), foi construído a 150 km da cidade de Semipalatinsk (atual Semei).[1][3][4]
Em 1947, quando foi iniciada a construção da sede cientifica, existiam na região uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.[1] Em 40 anos de testes,[4] entre 1949 e 1989, a URSS realizou 456[2] detonações de bombas nucleares no local (340 em túneis e 116 sobre a superfície, chamados de testes atmosféricos), sendo atualmente descrito como "o ponto terrestre de maior radiação do mundo", já que as autoridades soviéticas nunca tiveram as devidas preocupações com os efeitos radioativos para com o ambiente local e a população. Contribuiu para isso, a não divulgação das detonações e seus efeitos para autoridades não militares e a comunidade científica mundial.[2] Somente em 1991 é que as autoridades cientificas do atual Cazaquistão informaram ao mundo a situação crítica da região. Entre 1996 e 2012,[1] cientistas e engenheiros nucleares do Cazaquistão, da Rússia e dos Estados Unidos, neutralizaram o efeito do plutônio descartado ou dos artefatos irregulares que o exercito soviético deixou para trás quando abandonou a região. O material que não foi devolvido para a Rússia, foi enterrado e isolado dentro dos inúmeros túneis utilizados para os testes.[3]